Credores da Mt. Gox revisam plano de pagamento para serem restituídos em BTC e BCH
Em 2014, a exchange Mt Gox lidava com cerca de 70% do suprimento total de Bitcoin, até que uma falha de segurança levou ao roubo de aproximadamente 850 mil BTC, cerca de US$450 milhões à época, e bilhões atualmente.
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A exchange declarou falência, deixando os credores em uma lacuna desde então. Contudo, um novo plano para o pagamento (parcial) foi agora traçado para aqueles que ainda devem receber dinheiro após o desastre.
Postado na quarta-feira no site mtgox-creditors.com, as “Revised Basic Policy for Preparing a Rehabilitation Plan” (Políticas Básicas Revisadas para Preparar um Plano de Reabilitação) descrevem um número de mudanças levando em consideração o feedback recebido dos credores até agora. O plano visa assegurar que os credores não serão enganados, e que os pagamentos serão feitos por meio da moeda desejada, além de recorrer à lei quando se trata de quem deve e quem não deve ser pago durante os procedimentos.
O plano
1 – O plano de reabilitação deve ser simples, e a implementação deve ter um alto nível de certeza.
Este ponto nem deveria ser mencionado, de tão óbvio. Contudo, tendo em vista a batalha de quatro anos que os credores têm travado até então, não surpreende que seu nível de confiança no processo de reabilitação seja tão baixo. O maior desejo dos credores é que eles sejam tratados de forma honesta.
2 – Nenhuma distribuição será feita aos acionistas.
Este ponto é interessante, e ainda resta observar para ver se eles conseguirão o que desejam. Tendo em vista que a Mt. Gox não é capaz de pagar o montante total devido, especialmente em virtude da inflação pela qual o BTC passou nos últimos quatro anos, os credores sentem que devem ser priorizados em relação aos acionistas, e é fácil ver o motivo.
Acionistas possuem controle sobre como a companhia é administrada, quem está no comando e quais políticas são adotadas. Outros credores que utilizam a exchange como clientes não têm este poder, e devem ser restituídos primeiro.
3 – Pedidos de ressarcimento em Bitcoin serão pagos em Bitcoin Cash.
Isso é pela simplicidade e eficiência, evitando taxas de transferências bancárias e permitindo que credores recebam o pagamento na mesma moeda perdida por eles. A proposta também sugere que quaisquer altcoins em posse do curador devem ser liquidadas e transferidas.
4 – O pagamento para credores monetários será feito por completo.
O pagamento integral, nesse caso, se refere ao grau que foi aprovado nos procedimentos de falência.
5 – O primeiro pagamento aos credores será feito prontamente após a aprovação e confirmação do plano de reabilitação.
Novamente, este é um desejo óbvio, mas que é importante esclarecer – os credores já esperaram demais, e eles querem ser pagos o mais rápido possível.
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6 – Se existem ativos residuais, ou forem descobertos novos ativos, então pagamentos adicionais deverão ser feitos.
Esta regra também estipula que investigações adicionais sobre BTCs perdidos serão implementadas e, em ambos os casos, é provavelmente uma medida de precaução para prevenir que credores sejam enganados, caso BTCs sejam descobertos pelo curador após os pagamentos serem finalizados.
7 – A princípio, nenhum patrocinador será escolhido, exceto quando tal escolha aparentar ser vantajosa para os credores.
Aqui os credores se opõem à escolha de uma companhia patrocinadora para apoiar e promover a Mt. Gox durante os procedimentos. Embora não seja um requerimento legal, esta é uma prática comum no Japão – contudo, os credores sentem que uma potencial disputa acerca de qual companhia patrocinará a exchange apenas atrasaria os pagamentos que devem ser feitos aos credores, e devem ser evitadas.
8 – Introdução de sistemas que permitem aos credores obterem seus históricos de troca.
Conforme sugere a proposta, para credores, o acesso ao histórico de troca é indispensável para a aprovação e desaprovação da reabilitação civil no Japão.
Em julho, o curador da reabilitação, Nobuaki Kobayashi, afirmou que um novo sistema para credores requererem provas para reivindicarem pagamentos será lançado em agosto, momento em que os credores finalmente começarão a obter parte de seu dinheiro.
Fonte: CCN