Um dos maiores reguladores de mercado dos Estados Unidos disse esta semana que criptomoedas são uma revolução tecnológica que, um dia, serão parte da economia de cada país.

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Falando na segunda-feira antes da Cúpula do BFI na ONU, o comissário da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CTFC), Rostin Behnam, falou sobre os desafios encontrados pela agência enquanto regula indústrias associadas com o nascente setor do blockchain. Contudo, longe de denegrir esta tecnologia como uma ferramenta para criminosos, ele fez elogios sobre sua habilidade de transformar positivamente o setor financeiro. Ele afirmou:

“Moedas virtuais podem – irão – se tornar parte das práticas econômicas de qualquer país, em qualquer lugar. Deixe-me repetir: essas moedas não irão embora, e elas proliferarão para cada economia e cada parte do planeta”.

Ele acrescentou:

“Nós estamos testemunhando uma revolução tecnológica. Talvez estejamos testemunhando um milagre moderno.”

Notadamente, Behnam, um dos indicados por Trump que começou a servir como comissário em 2017, ressaltou que criptomoedas descentralizadas e emitidas por meio privado — e não as Moedas Digitais Lastreadas por Bancos (CBDC) — substituirão as moedas fiat físicas, pelo menos em muitas partes do mundo. Ele disse:

“Em alguns lugares, pequenas economias podem se tornar independentes por meio de ativos virtuais para sobreviverem. E estas moedas estarão livres dos intermediários do ramo monetário tradicional, como governo, bancos, investidores, ministérios e organizações internacionais.”

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Refletindo sobre este futuro, Behnam expressou um otimismo comedido no sentido de que as criptomoedas podem iniciar um movimento de equidade das riquezas, tirando dos poucos que detém muito para dar a bilhões, cujas vozes não são escutadas.

“Existem 6,8 bilhões de celulares no mundo, quase um para cada pessoa no planeta. Eis a nossa chance para colocar dinheiro diretamente nas mãos daqueles que precisam, sem suborno, decréscimos ilegais e taxas absurdas. Moedas virtuais podem transformar o panorama econômico e social. Elas podem significar uma mudança massiva e igualitária em relação às riquezas. A tecnologia pode ser transformacional, sem cobertura militar, guerras civis ou crenças políticas e religiosas.”

Contudo, Behnam alertou que esta transformação econômica pode se tornar distópica se as elites econômicas se tornarem aptas a controlar os meios de distribuição destes ativos, permitindo que agentes corruptores usem essa tecnologia promissora para drenar a riqueza daqueles que estão sofrendo na pobreza e violência. Ele disse que isso pode levar a um futuro sombrio.

“Ativos virtuais são uma faca de dois gumes. Em outras palavras, a tecnologia pode ser uma arma contra o trabalho que as Nações Unidas e outras instituições empregam para aliviar as condições de pobreza e violência. Ativos virtuais podem se tornar meios de controle profundo de riquezas, e um meio de exploração,” ele afirmou.

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Fonte: CCN