Cryptojacking contra empresas cresceu 235% no trimestre
É o que indica recente relatório divulgado por empresa especializada em crimes cibernéticos.
Os leitores do webitcoin já acompanham algumas das nossas matérias sobre o cryptojacking e as ações que visam coibir esse tipo de cibercrime. Por definição, essa – que numa tradução livre também é chamada de mineração maliciosa, está associada ao ataque, a partir de malwares, para usar dispositivos não autorizados na mineração de criptomoedas. Os softwares invasores podem ser bastante discretos e permitem aos invasores utilizar as altas demandas de processamento e consumo de energia demandadas pela mineração em outras máquinas, sem abrir mão das recompensas obtidas nas próprias criptomoedas mineradas. O Brasil, inclusive, apresenta altos índices de ataques.
Para coibir os chamados cryptojackers, entidades como o grupo de investigação de segurança do Michigan Point out College desenvolveram ações de investigação específica, por considerarem o assunto, uma das maiores ameaças à segurança do usuário de 2018.
Aqui, nós inclusive noticiamos uma ação do próprio Google, que em outubro do ano passado, lançou uma atualização que dificultava o cryptojacking. No ano passado, também falamos sobre o fechamento do CoinHive, um importante software de provedor que poderia ser usado para minerar bitcoins sem o consentimento do proprietário do computador.
Ataques persistem para as empresas
São ações que, certamente, estão na base de uma nova notícia, divulgada pelo breakermag.com, a partir de relatório da empresa de segurança cibernética MalwareBytes.
Os números indicam que a invasão de computadores pessoais por cryptojackers já pode ser considerada praticamente extinta. O mesmo, no entanto, não vale para o cenário corporativo. Enquanto as invasões a dispositivos de consumidores finais caiu 25% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o ano anterior, os ataques às empresas, aumentaram 235%.
É um sinal de há uma mudança de padrão, no exercício do cryptojacking, com o malware se voltando para o setor corporativo. O que, também, como aponta a mesma matéria do breakermag.com que traz os resultados do estudo sobre esse tipo de crime cibenético, não deve diminuir a atenção dos usuários de criptomoedas. Recentemente, US $ 2,3 milhões foram roubados por cibercriminosos que se aproveitaram de uma vulnerabilidade nas carteiras Electrum para distribuir versões trojanizadas.
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.