CTO da Coinbase: criptomoedas estão adentrando o mainstream tecnológico
Criptomoedas estão tomando os holofotes
Balaji Srinivasan, um proeminente investidor do ramo de capital de risco e CTO da Coinbase, afirmou que as criptomoedas estão adentrando o mainstream tecnológico.
“Os filhos de Sundar Pichai e Sergey Brin estão minerando criptomoedas; o Facebook está se envolvendo com blockchain; a Square deixou em open source alguns códigos bacanas de armazenagem fria; Microsoft, Amazon e Google Cloud estão fazendo esforços no ramo de blockchain; as criptomoedas estão adentrando o mainstream da tecnologia.”
Desde o início de 2018, mesmo com os 73% de correção do mercado das criptomoedas, fazendo com que a capitalização do mercado caísse de US$800 bilhões para US$210 bilhões, o mercado das criptomoedas e o setor blockchain mostraram progressos significativos em termos de institucionalização de uma classe de ativos emergente, melhorando a estrutura do mercado e fortalecendo as tecnologias por trás das criptomoedas.
Aumento no reconhecimento de blockchain
Como uma tecnologia de processamento de dados, a blockchain permite a segregação e armazenagem de dados em uma série de blocos em um processo peer-to-peer (ou seja, sem intermediários). Entretanto, para garantir que pessoas com intenções maliciosas sejam penalizadas por se engajarem com atividades fraudulentas, um sistema de incentivo na forma de criptomoedas é necessário para a tecnologia blockchain.
Para entender melhor a necessidade, estrutura e natureza descentralizada, um crescente número de instituições, conglomerados tecnológicos e entusiastas começaram a minerar criptomoedas que apoiam grandes redes de blockchain.
O co-fundador do Google, Sergey Brin, e o CEO da empresa, Sundar Pichai, afirmaram publicamente que seus filhos têm minerado ETH, a criptomoeda nativa do protocolo blockchain Ethereum.
Pichai ressaltou que seu filho de 11 anos entende o conceito de Ethereum e moedas de consenso melhor que as moedas fiat, possivelmente devido à complexidade de conexões e centralização envolvendo a criação, distribuição e operação do dinheiro fiat.
“Na semana passada eu estava jantando com o meu filho, e eu estava falando algo sobre Bitcoin, momento em que meu filho esclareceu que eu estava falando sobre Ethereum, que é um pouco diferente. Ele tem 11 anos, e me disse que está minerando. Eu tive que explicar pra ele como dinheiro de papel funciona. Eu percebi que ele entende de Ethereum melhor do que ele entende de moeda fiat. Eu tive que falar com ele sobre o sistema bancário, a importância dele. Foi uma boa conversa.”
Anteriormente, a Fidelity Investments, quarta maior gestora de ativos do mundo, com mais de US$7 trilhões de ativos sob sua gestão, também minerou Bitcoin e Ethereum para entender o conceito de mineração e a necessidade de criptomoedas.
Um ano e cinco meses depois, a Fidelity Investments estabeleceu a Fidelity Digital Assets, fornecendo serviços de custódia de criptomoedas para ajudar investidores institucionais a investirem no mercado.
Revolução open source
Square, a gigante do ramo de pagamentos avaliada em US$30 bilhões, operada pelo CEO do Twitter, Jack Dorsey, recentemente abriu seu código que processa o armazenamento frio de fundos.
Como uma rede descentralizada e peer-to-peer, a blockchain é desenvolvida e mantida por um grupo de desenvolvedores que propõe as mudanças no código e melhorias nos seus repositórios, como o GitHub.
No mês passado, a Octoverse relatou que o Ethereum se tornou o quinto projeto open source que mais cresce no mundo, juntamente com o Azure, da Microsoft, e Spyder.
A ascensão das criptomoedas como uma classe de ativos reconhecida e da tecnologia blockchain como um dos pilares da quarta revolução industrial fez com que instituições e indivíduos repensassem como o sistema monetário global funciona, e a forma como a informação pode ser processada de maneira peer-to-peer.
Fonte: CCN