CVM prevê recorde de investigações sobre esquemas forex e de pirâmde

A informação é trazida por um superintendente da CVM. Ele aponta a globalização como um dos fatores complicadores das investigações

A Comissão de Valores Mobiliários prevê que 2019 vai bater recorde de processos de investigação envolvendo esquemas de pirâmide financeira e forex. Enquanto, em 2018 ocorreram 105 processos, o número desse ano pode chegar a 250. O dado é trazido, em matéria do Gazeta do Povo, pelo superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM.

Conforme também menciona José Alexandre Vasco, boa parte das investigações são motivadas pelas denúncias de pessoas atingidas. No período histórico de três anos, entre 2015 e 2018, esse tipo de relato cresceu 240%. Alguns pontos que dificulta as punições e investigações, conforme a reportagem do jornal paranaense, são a complexidade atual dos golpes e a globalização de atividades possível via internet.

Criptomoedas podem ser usadas como atrativos

Nesse contexto, as criptomoedas também são apontadas como iscas. Com relação aos ativos criptografados, o presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná também é ouvido pela Gazeta do Povo. Carlos Magno Bittencourt sinaliza para uma vácuo regulatório, cuja abordagem se complica pela característica transnacional das criptomoedas.

Na mesma linha, José Alexandre Vasco destaca que o pais mantém alianças estratégicas com outros países, para uma efetiva atuação internacional. No entanto, muitas empresas seguem aplicando golpes, mesmo depois de advertidas e multadas. Algo que ocorre, na opinião do superintendente da CVM,  porque “Algumas são muito bem sucedidas na arrecadação, e isso realimenta o ciclo”, conforme cita a Gazeta do Povo.

Neste ano, ainda de acordo com Vasco, a CVM emitiu alertas relativos a operação irregular de sete empresas. São elas, conforme lista a matéria do a Gazeta do Povo, World Way Capital, Liteforex, FX Trading, Capzone Invest (que opera com a marca HQ Broker), Smartex International  (ou OlympTrade), Unick e Zero 10 Club.

Em resposta à matéria do WeBitcoin, a Zero 10 Club se manifestou, via assessoria de imprensa. A empresa informa que era uma plataforma de negócios criada para intermediar a aquisição de ativos digitais. Mas segue seu comunicado reforçando que acatou a recomendação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e encerrou suas atividades. “É incorreta a informação de que há um site da Zero10.club, em português ou qualquer outra língua, voltado à captação de clientes”, também afirma a empresa.

 

COM INFORMAÇÕES DE: GAZETA DO POVO

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.