Danter Silva e mais dois líderes da Unick Forex são soltos da prisão

Justiça solta acusados de pirâmide financeira sob fiança de R$ 200 mil

Danter Silva e outros dois líderes da Unick Forex são soltos após pagamento de R$ 200 mil de fiança e entrega de passaporte às autoridades. Com essas medidas cautelares, os três líderes saíram da prisão.

De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, os líderes soltos são Danter Silva, Marcos da Silva Kronhardt e Paulo Sérgio Kroeff. Os três eram antigos líderes da Unick Forex, empresa acusada de pirâmide financeira e que teria lesado milhares de clientes em todo o Brasil e até em outros países.

Danter Silva era o diretor de marketing da Unick, enquanto Kronhardt atuava como trader e operador e Kroeff cuidava da aquisição e direção de empresas para o cabeça da organização, Leidimar Lopes.

A soltura foi decretada pela juíza Karine da Silva Cordeiro, da 7ª Vara Federal de Porto Alegre. Os demais membros da Unick Forex, presos durante a Operação Lamanai, da Polícia Federal, continuam presos, entre eles o líder da Unick Leidimar Lopes.

Em nota à Folha, o advogado Nelson Wilians disse que “manter os acusados em prisão preventiva representa antecipação da pena, infringindo o disposto no art. 313, § 2º, do CPP”.

“Essa era uma decisão aguardada. Foi o primeiro passo na demonstração de que as acusações não procedem. Como dissemos, sempre confiamos na Justiça”, acrescentou Wilians.

Vale ressaltar, que o fim da prisão provisória não significa que os acusados foram inocentados. O processo contra eles, assim como para os outtros membros da Unick segue sendo investigado pela Polícia Federal, Ministério Público e pela Justiça.

Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Unick movimentou R$ 28 bilhões em apenas dois anos de atividades, captados de mais de 1,5 milhão de vítimas pelo Brasil.

Resta saber se da Justiça, virá uma decisão parecida com o a do caso Indeal, onde foi determinado que parte dos valores apreendidos na operação fossem reservados para pagar um cliente que entrou com ação contra a empresa.

Na operção Lamanai, da Polícia Federal, foram apreendidos R$ 200 milhões em contas bancárias e mais de 1500 Bitcoins.

Foto de Bruno Lugarini
Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.