Do Kwon será extraditado para a Coreia do Sul (dessa vez é definitivo)
Do Kwon está indo para seu país de origem desta vez.
O empresário de tecnologia desacreditado Do Kwon, fundador da Terraform Labs, será extraditado para seu país natal, a Coreia do Sul, decidiu um tribunal de Montenegro na quarta-feira.
Tanto as autoridades americanas quanto as sul-coreanas acusaram Do Kwon de violar as regras do mercado de capitais. Ambas as jurisdições solicitaram sua extradição, mas Do Kwon havia conseguido anteriormente apelar de uma decisão para extraditá-lo para os Estados Unidos.
Do Kwon fundou a Terra, um enorme ecossistema de criptomoedas com diversos aplicativos focados principalmente em stablecoins algorítmicas.
Era extremamente popular no mundo de DeFi e era o segundo maior blockchain da área, atrás apenas do Ethereum. Sua criptomoeda nativa, LUNA, estava no auge como um dos principais ativos digitais por capitalização de mercado.
Mas em maio de 2022, a Terra entrou em colapso – dizimando US$ 40 bilhões em dinheiro dos investidores e levando a um mercado em baixa brutal. Muitos projetos de criptomoedas com exposição ao projeto declararam falência posteriormente.
Desde então, as autoridades americanas e sul-coreanas acusaram Do Kwon de uma série de crimes.
Ele foi preso no ano passado por supostamente tentar viajar com um passaporte falso.
Este é apenas o capítulo mais recente da saga das idas e vindas de Do Kwon, voluntárias e obrigatórias. O “provocador do mundo cripto” tem sido alvo de uma batalha jurídica entre os dois países, já que enfrenta acusações em ambos.
Depois que Montenegro aprovou sua extradição para os EUA em novembro, sua equipe jurídica conseguiu mantê-lo no país. E quando ele foi inicialmente procurado para ser processado na Coreia do Sul, esperava-se que os EUA lutassem contra essa medida.
Se Do Kwon for culpado, porém, ele enfrenta uma pena de prisão severa: Dan Sunghan, do escritório de investigação de crimes financeiros da Promotoria do Distrito Sul de Seul, disse em uma entrevista à Bloomberg no ano passado que ele poderia passar mais de quatro décadas atrás das grades – na América e na Coreia do Sul.