Sendo a Maioria das Stablecoins Atreladas à Moeda Americana, Acabaram Sofrendo Desvalorização, Juntamente ao Dólar em Queda.

Observamos uma queda um tanto incomum na moeda americana, ao longo de praticamente todo o mês de Janeiro. Essa queda do dólar se reflete automaticamente na maioria das stablecoins, pois as mesmas têm seus valores atrelados à moeda fiduciária. As bolsas de valores do mundo inteiro também sentiram o derretimento do dólar, para o bem de alguns e para a ruína de outros.

Uma Observação: Veja bem, quando dizemos que as stablecoins atreladas ao dólar se desvalorizaram junto com ele significa que, o poder de compra da pessoa que tinha algum patrimônio estacionado numa stablecoin lastreada em dólar diminuiu igualmente ao dólar, pois, cada uma delas gira em torno de US$ 0,99 a US$1,01.

Motivos Para o Dólar em Queda

A moeda americana fechou o mês de janeiro na casa de R$ 5,30, acumulando uma baixa de quase 5% no mês. Conforme informações da Bovespa B3. Pelas últimas semanas de dezembro do ano passado, quando o dólar à vista estava beirando o patamar de R$ 5,70, parecia uma questão de tempo até que a moeda americana atingisse novos recordes. E, quem sabe, atravessasse a casa de R$ 6,00. Afinal, o cenário não era otimista: com eleições à frente e uma economia em retrocesso, poucos mostravam algum sinal de empolgação com a trajetória do câmbio. Ninguém imaginaria logo o dólar em queda.

Algum alívio vendo o dólar em queda

Então, passado o primeiro mês de 2022, a maioria dos prognósticos ruins foram de ralo. O Ibovespa subiu consideravelmente, vindo na contramão do receio visto lá fora, e o dólar à vista conseguiu respirar um pouco : na segunda feira, 31/01/2022, o dólar em queda fechou a R$ 5,30, acumulando uma desvalorização de 4,6% em janeiro. Temos noção que essa cotação ainda está distante dos deslumbres vistos em janeiro de 2020, quando o dólar à vista valia R$ 4,00. Mesmo assim, com a queda anotada nas últimas semanas, a moeda americana voltou ao nível de setembro do ano passado. Portanto, estamos nas mínimas, em quatro meses.

Especulações sobre os motivos

O que explicaria essa mudança nos ventos? Por que o dólar, que aumentou quase 8% em relação ao real, ao longo de 2021, está sofrendo essa onda tão perceptível de despressurização? Num âmbito geral, analistas e consultores apontam para o um motivo: a movimentação de investidores estrangeiros, que ingressaram a pouco no mercado brasileiro, ao longo do mês. Numa explicação resumida, não passa de uma questão de oferta e procura. Se o investidor estrangeiro injeta dólares na economia brasileira, um volume maior de moeda americana ficará disponível aqui; e se a oferta aumenta, o preço normalmente cai.

A ilustração abaixo está nos mostrando alguns dados de investimentos na Bolsa de Valores, ao longo do mês de janeiro de 2022. Essas informações são disponibilizadas pela B3, através do site: https://www.b3.com.br/pt_br/

Uma explicação técnica

Conseguimos perceber que, somente em janeiro, os investidores estrangeiros compraram R$ 28 bilhões em ações. Um volume demasiado alto, para um único mês. O que nos traz à questão principal: por que os investidores estrangeiros estão migrando para o mercado brasileiro, levando em consideração os riscos das próximas eleições e as perspectivas que não são muito positivas para a nossa economia?

Entretanto, é impossível afirmar com total convicção os motivos do dólar em queda

Existem alguns fatores que nos ajudam a entender esse comportamento, praticamente todos eles são fatores técnicos. Mas ainda assim cabe a cada um fazer sua interpretação. No meio de uma esperada alta de juros no exterior, existe uma aversão ao risco, nas principais bolsas de todo o mundo e aos preços baixos dos ativos brasileiros… Está acontecendo um tipo de “eclipse”, uma combinação ideal, para que um grande numero de investidores estrangeiros tragam seus recursos para nosso solo verde e amarelo.

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