A Força Aérea dos EUA colocará uma aeronave autônoma avançada contra um avião pilotado em uma batalha definida para julho de 2021.

O projeto pode eventualmente trazer aviões de combate sem pilotos com o uso de inteligência artificial (IA).

O tenente-general Jack Shanahan, chefe do Centro Conjunto de Inteligência Artificial do Pentágono, classificou o teste de “ideia ousada”.

A revista Air Force Magazine também descreveu o desenvolvimento de caças autônomos como um “grande tiro para a lua” para os militares.

Em um briefing organizado pelo Instituto Mitchell de Estudos Aeroespaciais, o Ten Gen Shanahan disse que havia trocado e-mails no fim de semana passado com o líder da equipe do projeto, Dr. Steve Rogers, do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea (AFRL).

Ele disse que a equipe da AFRL tentaria colocar “um sistema autônomo contra um sistema humano tripulado em um tipo de batalha aérea”.

Shanahan disse que, nesta fase, podemos até não usar “muita IA”, mas com o tempo, humanos e máquinas trabalhando juntos fariam uma “grande diferença”.

“Enxame” de drones

Quando anunciado em 2018, o projeto previa o desenvolvimento de um caça não pilotado.

Perguntado pela Air Force Magazine se esse ainda era o objetivo, o Ten Gen Shanahan disse que não sabia, mas acrescentou que os sistemas habilitados para IA podem ser usados de outras maneiras.

“Talvez eu não devesse pensar em uma nave muito grande, talvez possa ser um enxame de drones autônomos”, explicou ele.

Tais enxames de drones podem ser implantados sob o controle de um piloto ou operar autonomamente. Um projeto militar dos EUA chamado Skyborg explorará como o piloto de um avião de combate poderia controlar outras aeronaves drones – que agiriam como ajudantes aéreos.

Esses projetos alimentam um esforço contínuo para explorar maneiras de usar a inteligência artificial (IA) para aprimorar as capacidades das forças armadas americanas.

Mas Shahahan disse que os sistemas legados não “desapareceriam da noite para o dia” e que era uma questão de encontrar um equilíbrio e usar a IA onde pudesse tornar as coisas mais eficientes.

“A última coisa que eu diria é que transportadoras, caças e satélites vão desaparecer nos próximos dois anos”, disse ele.

No início deste ano, Elon Musk também entrou na discussão, dizendo ao público em uma conferência militar em Orlando, Flórida, que a “era dos aviões de caça já passou”.

Musk disse que o competidor do caça a jato F-35 será um drone, controlado remotamente por um ser humano com manobras aumentadas pela autonomia.

“O F-35 não teria chance contra isso”, twittou.

O tenente-general Shanahan disse que os militares deveriam absorver as melhores lições do trabalho com carros autônomos no setor comercial.

Mas ele alertou que entre os fabricantes, empresas que gastam US$ 13 a 17 bilhões em pesquisas na última década ainda não haviam desenvolvido um veículo autônomo de nível 4.

Veículos de nível 4 são aqueles que não exigem mais a atenção de um motorista humano para segurança.

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Fonte: BBC