Duas exchanges japonesas foram suspensas pelo órgão regulador do país
A Agência de Serviços Financeiros do Japão impôs penalidades à três exchanges do país, após inspeções realizadas nas plataformas de troca domésticas. Duas delas foram suspensas. Os oficiais não estavam satisfeitos com as políticas implementadas por elas para prevenir lavagem de dinheiro e riscos sistêmicos.
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FSHO e Eternal Link suspensas, Lastroots recebeu ordem para apresentar melhorias
As plataformas sancionadas – FSHO, Eternal Link e Lastroots – receberam ordens para melhorar suas práticas de negócios. Elas foram emitidas pelo regulador financeiro do Japão como parte das inspeções, ainda em andamento. Segundo a Agência de Serviços Financeiros (FSA), as penalidades foram impostas em virtude de procedimentos falhos para prevenir lavagem de dinheiro e minimizar riscos sistêmicos.
O regulador financeiro japonês ordenou que duas das plataformas de troca suspendam suas operações por dois meses. A Eternal Link parou seus serviços ontem, 6 de abril, enquanto a FSHO deverá fazer o mesmo no dia 8, relatou a Reuters. A Lastroots recebeu uma ordem de melhoria. Espera-se que o Ministro das Finanças japonês apresente o resultado completo das investigações conduzidas pela FSA.
Em março, a FSA emitiu outras duas suspensões – para a Bit Station e a primeira da FSHO, que determinavam o encerramento dos serviços até hoje, 7 de abril. A agência disse que seus operadores não faziam checagem em grandes transações, além de não implementarem as medidas necessárias para fazer com que a exchange funcione de forma decente e segura.
Segundo a imprensa japonesa, a Bit Station foi penalizada porque seus oficiais seniors foram acusados de fraudar depósitos dos clientes. Acusações semelhantes levaram à prisão de quatro representantes de duas exchanges na Coreia do Sul.
No início de fevereiro, a FSA disse que inspecionaria todas as plataformas de troca do país, incluindo as 16 não registradas à época do anúncio. A autoridade financeira publicou uma lista com 32 exchanges, da qual metade já tem licença para fornecer seus serviços.
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O resultado de um grande hack
O regulador financeiro japonês fez revisões após o ataque efetuado contra a Coincheck em janeiro. Hackers roubaram US$550 milhões em NEM da exchange. Autoridades ainda estão investigando o roubo, um dos maiores da história das criptos. Especialistas em cibersegurança alertaram que metade das moedas roubadas já podem ter sido lavadas na darknet.
Roubo de criptomoedas se tornou um sério problema de segurança no Japão, sendo parte de uma crescente tendência de ciber crimes. Só no ano passado, US$6,3 milhões em criptomoedas foram roubados, isso antes do hack da Coincheck.
Autoridades japonesas decidiram criar um centro dedicado para combater crimes cibernéticos, incluindo roubo de criptomoedas. 500 analistas e investigadores de diferentes ramos das agências policiais do país se juntaram à unidade. Pelo menos 149 ataques relacionados a criptomoedas ocorreram em 2017, revelou recentemente a Agência de Polícia Nacional do Japão.
Nesta semana, surgiram notícias de que o Monex Group estava considerando comprar a Coincheck. Na sexta-feira, a compra foi confirmada. A equipe por trás da exchange hackeada aceitou a aquisição, avaliada em US$33,6 milhões.
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Fonte: Bitcoin.com