Durante sua posse, novo presidente do Banco Central menciona blockchain

Roberto Campos Neto, novo presidente do Banco Central, fala sobre a importância da tecnologia blockchain

No dia 13 de março, na sede do Banco Central (localizada em Brasília), ocorreu a cerimônia de nomeação de Roberto Campos Neto, novo presidente do Banco Central. Durante o evento, Campos Neto afirmou que adotará um conjunto de medidas para redução de custos e simplificação de regras tributárias, além de fomentar o avanço em diversas áreas da tecnologia financeira, entre elas a blockchain.

Conforme relatado pelo Cointelegraph Brasil, o novo presidente do Banco Central afirmou que a instituição já conversa com o Ministério da Economia e com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre “um conjunto de medidas visando a redução dos custos burocráticos e da simplificação de regras tributárias e de acesso a mercados. Essas medidas facilitarão a criação de mais instrumentos financeiros, tanto para quem quer investir, quanto para quem quer captar recursos”.

Tendo em vista o discurso de Campos Neto geralmente tocar em blockchain, não surpreenderia se algo relacionado a esfera das criptomoedas surgisse com essa conversa. Durante sua gestão, Roberto listou as cinco áreas que serão prioridade no quesito desenvolvimento:

“O sistema de pagamentos instantâneos, importante mecanismo de democratização dos meios de pagamento, no qual o BC já vem trabalhando; as Fintechs, por trazerem fortes incentivos à competição […], organizando a regulamentação das sua atuação; […] mecanismos de open banking, com objetivo de reduzir as barreiras de entrada […]; a tecnologia blockchain, que tem elevado potencial no mercado de intermediação, oferecendo um meio barato, rápido, seguro e transparente de controlar operações; e finalmente as centrais de garantia operando como mecanismo de diversificação de risco, oferecendo meios para redução da volatilidade de mercados, contribuindo para uma melhor precificação.”

Possível ambiente favorável

A cripto esfera brasileira conta agora com posturas positivas em relação à tecnologia blockchain. Além de Roberto Campos Neto, o Diretor de Estratégias e Transformação do BNDES, Ricardo Ramos, afirmou durante um evento realizado pela instituição financeira no dia 4 de dezembro do ano passado:

“Muito ajuda quem não atrapalha. A diretoria do banco fez o papel dela na questão de inovação, pois o mais difícil em deixar florescer a inovação é não matar a ideia na partida. Talvez não seja a ideia inicial que floresça, mas ela dará frutos e abrirá caminhos. Se você mata a ideia em seu ponto de partida, você não recebe a inovação em sua outra ponta.”

Tendo em vista que tanto o Banco Central, quanto o BNDES, são importantes instituições financeiras dentro do Brasil, uma visão mais aberta à blockchain pode fomentar o crescimento da esfera durante os próximos anos.