Entenda o plano econômico de Lula, presidente eleito (2023-2026)

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Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) foram eleitos em votação difícil. Imagem: Veja

Geraldo Alckmin atuará como vice; não há qualquer menção sobre criptomoedas ou blockchain

Lula é eleito pela 3ª vez

O período eleitoral finalmente chegou ao seu desfecho. Em uma disputa acirradíssima, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez com 50,9% dos votos válidos (60.345.999). Jair Bolsonaro (PL) ficou com 49,1% dos votos válidos (58.206.354).

Com isso, Bolsonaro é o primeiro presidente da história do país que não conseguiu reeleger-se. Isso não significa que a estrada a ser trilhada por Lula será livre de grandes empecilhos; na verdade, assim como Bolsonaro, o recém-eleito terá de lidar com uma forte oposição em diversos setores.

Parece que o mercado não reagiu bem ao resultado: o Ibovespa chegou a cair 1,2% pouco após a abertura, apresentando instabilidade. O iShares MSCI Brazil (EWZ), principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado nos Estados Unidos, caiu 5%. As ações da Petrobrás caíram 6%.

Para entender melhor as intenções do futuro governante sobre a economia, confira os principais tópicos de seu plano de governo.

Mudanças econômicas

No documento, Lula afirma que seu plano econômico tem como objetivo “superar o modelo neoliberal que levou o país ao atraso”. Uma de suas metas é trabalhar em cima dos “marcos regressivos da atual legislação trabalhista”, reformada durante o governo atual.

Trata-se da criação de uma reforma de simplificação tributária, com modelo progressivo. Os impostos sobre consumo devem ser reduzidos e os impostos dos mais ricos devem ser aumentados.

Lula também propõe o fim da Política de Paridade Internacional de preços da Petrobrás (PPI), uma das razões pelas quais a estatal registrou superlucros e aumento abusivo dos preços. Além disso, sugere investimentos para industrializar o país e liberar crédito para ajudar no crescimento de empresas privadas.

Não há qualquer menção em seu plano de governo a respeito de criptomoedas ou blockchain. Entretanto, conforme noticiado anteriormente pelo WeBitcoin, o Instituto Lula promoveu o curso “Bitcoin: a utopia tecnocrática do dinheiro apolítico”, que abordou o tema dentro da ótica marxista – ou seja, tratando os ativos digitais apenas como commodities para concentração relativa de renda.

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Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.