O ativo XRP voltou ao centro das discussões do mercado depois que um renomado especialista reacendeu o debate sobre seu potencial de valorização. Ele argumenta que o token opera em um segmento distinto da maior parte das criptomoedas e, por isso, os modelos tradicionais de precificação não refletem seu verdadeiro alcance institucional. O especialista afirmou que muitos analistas ignoram elementos essenciais do ecossistema construído ao redor do ativo.

Potencial institucional fortalece projeções otimistas

Stern Drew, fundador e CEO da Stageyo, destacou que previsões que rejeitam a possibilidade de o XRP alcançar US$ 10 mil se apoiam em comparações equivocadas com Bitcoin e outros ativos de varejo. Segundo ele, essa abordagem desconsidera o enorme volume transacionado por parceiros institucionais da Ripple, que supera a movimentação anual de diversas redes populares.

Drew explicou  que o XRP não foi desenvolvido para especulação, mas sim como ferramenta de liquidação financeira. Assim, o token busca oferecer velocidade, eficiência e baixo custo em operações de alto valor. Além disso, o especialista argumenta que preços baixos não se alinham à necessidade de absorver fluxos financeiros robustos e constantes, fundamentais em sistemas institucionais.

Ele também observou que valores mais elevados por unidade podem ampliar a eficiência em transações internacionais. Com menos tokens necessários para completar operações, há redução de fricção e aumento de velocidade. De acordo com Drew, essa é uma “matemática diferente” que define o XRP em uma categoria própria dentro do mercado cripto.

Para o executivo, indicadores como liquidez e capacidade de throughput devem receber mais atenção do que a capitalização de mercado quando se avalia o impacto futuro do token em sistemas de pagamentos. Portanto, um preço muito superior ao atual pode ser coerente com o papel ampliado que ele acredita que o ativo assumirá.

XRP ganha relevância no debate sobre infraestrutura global

Em outra declaração, Drew mencionou um comunicado recente do Bank of Japan, que reforça a colaboração entre Japão e Coreia do Sul no desenvolvimento de soluções de infraestrutura baseadas em blockchain. O especialista sugeriu que o movimento faz referência indireta à Ripple e ao uso potencial do XRP dentro desses sistemas.

A Ripple mantém laços consolidados com instituições japonesas, incluindo a SBI Holdings, enquanto a Coreia do Sul figura há anos entre os mercados mais engajados com o token. Além disso, a presença constante de bancos asiáticos em discussões sobre pagamentos globais fortalece a percepção de que o XRP continua avançando no ambiente institucional.

Esse conjunto de fatores reforça a visão de que o XRP segue como peça observada atentamente por agentes financeiros relevantes. Assim, a leitura de Drew sobre um possível salto de valorização ganha sustentação em eventos e iniciativas que envolvem bancos centrais, empresas globais e a própria Ripple. O especialista defende que, à medida que novas infraestruturas se consolidam, o papel do token tende a se fortalecer.