Esquema Ponzi disfarçado de investimento compatível com a Sharia é desmascarado na Índia
Os retornos mensais chegavam a 50% do valor investido
Um esquema Ponzi disfarçado de empresa de investimento foi desmascarada após o Banco Central da Índia apontar criptomoedas como “ofertas ilegais”.
De acordo com a Deccan Chronicle, a Ambidant Marketing and Investment Company, dirigida por Syed Fareed e seu filho Syed Afaq Ahmed, vendia a ideia de um investimento compatível com a Sharia. O esquema atraiu investidores muçulmanos e grandes quantias de dinheiro, sem informar aos clientes o real investimento, que era realizado em receitas e criptomoedas.
Aparentemente, os investidores recebiam retornos mensais de até 50%. À medida que o número de investidores aumentava, a porcentagem caía, chegando a 9% em janeiro de 2018, quando ocorreu o último pagamento.
Após a declaração de que o Bitcoin era visto como “licitação ilegal”, a Ambiant passou a chamar a atenção da Diretoria de Execução da Índia, órgão que supervisiona o cumprimento de leis financeiras.
De acordo com relatos, entre tantas outras empresas investigadas, a Ambiant era a única na qual os clientes não faziam a menor ideia sobre o real investimento.
“Ao longo da investigação foi descoberto que o esquema executado pela companhia era certamente um potencial esquema Ponzi. Visando este fato, (…) o Banco Central da Índia deve ter outro olhar sobre o tópico e proteger o interesse dos investidores em geral que estão sendo enganados em nome do investimento bancário”, declarou a Diretoria.
Além de ludibriar os investidores e administrar um golpe, a Ambiant entrou em conflito com a própria lei da Sharia, que proíbe veementemente a especulação monetária.
Recentemente o WeBitcoin noticiou que a stablecoin de uma startup suíça recebeu a aprovação da Sharia, podendo tranquilamente ser utilizada pelos muçulmanos.
FONTE: CCN
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.