Estônia ou Suíça, qual será o verdadeiro Crypto Valley?

Pesquisa ratifica o sucesso da Estônia. Boa regulamentação e iniciativas de governo eletrônico são ingredientes.

Com cerca de 700 empresas atuantes no setor de blockchain, a Estônia, vem ganhando destaque para o segmento e parece desafiar a cidade de Dug, na Suíça, que costuma ser chamada de Crypto Valley. É o que sinalizam dados de uma pesquisa da ORS CryptoHound, que entrevistou escritórios de advocacia, desenvolvedores de software e provedores de serviços corporativos da Estônia.

O levantamento descobriu que são quatro os pilares a sustentar o caminho de um dos três países bálticos para o sucesso, por serem fatores de atração de novos negócios crypto e blockchain. São eles, a possibilidade de criar e administrar negócios on-line, 0% de impostos sobre lucros não distribuídos, a facilidade de obter uma licença de criptomoeda e os regulamentos avançados contra lavagem de dinheiro.

O exemplo do governo eletrônico

Outro ponto de destaque para a Estônia, nos processos de transformação digital é o avanço nos processos de governo eletrônico. São ações que começaram em meados dos anos 90 e fizeram do setor público local o primeiro do mundo a adotar o blockchain, em 2008. Desde 2012, a Estônia recorre a rede descentralizada para proteger dados nacionais e oferecer serviços eletrônicos.

Todo o sistema de identificação dos estônios é realizado via blockchain e os cidadãos têm acesso, via plataformas on-line e aplicativos, a uma ampla gama de serviços para atividades como a formação de empresas, execução de tarefas bancárias, processamento e pagamento de impostos, além das diferentes frentes de registro e autenticação. Um conjunto de possibilidades que leva o país a ser considerado um dos mais digitalizados do mundo, ocupando posição privilegiada na medida do Índice de Desenvolvimento de Governo Eletrônico das Nações Unidas.

FONTE: COINNEWS TELEGRAPH

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.