Estudo de Harvard diz que distanciamento social pode ser necessário até 2022

Distanciamento social alternado pode ser necessário até 2022 se não houver vacina.

Um novo estudo feito pela Escola de Saúde Pública T.H. Chan, da Universidade de Harvard e publicado pela revista Science, revelou que, um único período de quarentena não interromperá o novo coronavírus e períodos repetidos de distanciamento social podem ser necessários até 2022 para impedir que os hospitais sejam sobrecarregados.

Esse estudo acontece no momento que os EUA estão no pico de sua carga de casos COVID-19 e afirmam ter uma eventual flexibilização das medidas de quarentena.

“O que parece ser necessário na ausência de outros tipos de tratamentos são períodos alternados de distanciamento social”, disse o principal autor, Stephen Kissler.

Seriam necessários testes virais generalizados para determinar quando os limiares para reativar o distanciamento foram ultrapassados, disseram os autores.

A duração e a intensidade das quarentenas podem ser relaxadas à medida que tratamentos e vacinas se tornarem disponíveis.

Sociólogos sugeriram que, até o fim da pandemia, as pessoas teriam que manter o distanciamento social evitando abraços, beijos e apertos de mão. No entanto, segundo esse estudo, mesmo após o achatamento da curva de contágio, novos surtos do vírus podem ocorrer até 2024.

O biólogo brasileiro, Atila Iamarino comentou e dissertou esse estudo de forma alongada em seu perfil oficial no Twitter.

Veja aqui um trecho comentado:

https://twitter.com/oatila/status/1250252180805877760?s=20

Imunidade a COVID-19

O estudo aponta que nas melhores suposições baseadas em coronavírus, mostra que o vírus confere uma imunidade por cerca de até um ano. Também pode haver alguma imunidade de proteção cruzada contra a COVID-19 se uma pessoa estiver infectada por um coronavírus comum que causa resfriado.

Uma coisa, porém, é quase certa: o vírus chegou para ficar. A equipe disse que é altamente improvável que a imunidade seja forte o suficiente e durará o suficiente para que a COVID-19 desapareça após uma onda inicial, como foi o caso do surto de SARS de 2002-2003.

Os testes de anticorpos que acabaram de entrar no mercado e verificam se uma pessoa foi infectada anteriormente serão cruciais para responder a essas perguntas vitais sobre imunidade, e uma vacina continua sendo a melhor arma.

 

Foto de Bruno Lugarini
Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.