ETFs de Bitcoin voltaram a atrair investidores, mas Ethereum ainda sofre
Após semanas de forte queda, os ETFs de Bitcoin registraram sua melhor entrada de capital desde fevereiro, reacendendo o otimismo entre investidores. Na última segunda-feira, os fundos receberam um aporte de quase US$ 300 milhões, com destaque para os ETFs da Fidelity, Ark Invest e BlackRock.
Sinal de recuperação?
Os ETFs de Bitcoin passaram a maior parte de 2024 e o início de 2025 em alta. Entretanto, o cenário mudou em fevereiro, com a implementação de tarifas comerciais controversas pelo governo Trump e o aumento do medo de inflação ou estagflação nos EUA. Esse movimento gerou uma série de retiradas, acumulando um saldo negativo de US$ 980 milhões apenas na semana passada.
Mesmo com esse histórico recente de saídas expressivas, a entrada de US$ 274,6 milhões na última segunda-feira representou um alívio para os investidores. Fidelity’s FBTC liderou os ganhos com US$ 127,3 milhões em novos aportes, seguido pelo ARKB da Ark Invest (US$ 88,5 milhões) e IBIT da BlackRock (US$ 42,3 milhões). Pela primeira vez em semanas, nenhum ETF de Bitcoin registrou retiradas.
Apesar da injeção de capital, o impacto sobre o preço do Bitcoin foi moderado. A criptomoeda chegou a subir para US$ 85.000, mas recuou novamente para abaixo dos US$ 83.000.
Ethereum ainda enfrenta saídas
Enquanto o Bitcoin ensaia uma recuperação, os ETFs de Ethereum continuam registrando retiradas consecutivas. Nos últimos 18 dias, apenas um teve fluxo positivo (US$ 14,6 milhões em 4 de março). No total, desde 20 de fevereiro, os fundos de Ethereum acumularam uma saída líquida de US$ 663,2 milhões.
Mesmo na segunda-feira, quando os ETFs de Bitcoin tiveram um respiro, os fundos de Ethereum ainda sofreram um pequeno saque de US$ 7,3 milhões, concentrado no ETHE da Grayscale. Esse fluxo negativo reflete a fraqueza do ETH no mercado, que caiu mais de 30% nos últimos meses e segue lutando para recuperar o patamar de US$ 2.000.
