ETFs de XRP e Dogecoin estreiam com volumes recordes nos EUA

Primeiros fundos listados sob a lei de 1940 atraem mais de US$ 55 milhões em negociações no primeiro dia
Os primeiros ETFs de XRP e Dogecoin nos Estados Unidos estrearam no dia 18 de setembro com volumes muito acima das expectativas, consolidando a demanda por exposição institucional a altcoins além de Bitcoin e Ethereum.
O REX-Osprey XRP ETF (XRPR), listado na Cboe BZX, movimentou US$ 24 milhões nas primeiras 90 minutos e encerrou o dia com US$ 37,7 milhões em volume — a maior estreia de um ETF em 2025 entre mais de 700 lançamentos. Já o REX-Osprey DOGE ETF (DOJE) somou US$ 17 milhões em negociações, também figurando entre os cinco maiores debuts do ano.
Analistas como Eric Balchunas, da Bloomberg, destacaram que o desempenho superou em até cinco vezes os volumes iniciais de ETFs futuros de XRP e que a procura evidencia forte apetite por produtos regulados que ofereçam acesso direto a criptoativos alternativos.
Os fundos foram estruturados sob o Investment Company Act de 1940, em contraste com os ETFs de commodities registrados sob a lei de 1933. Essa abordagem, também utilizada pelo ETF de Solana lançado em junho, garante maior proteção regulatória aos investidores ao permitir a custódia direta dos ativos, além de flexibilidade para suplementação por ETFs estrangeiros.
A estreia ocorreu em meio a mudanças regulatórias relevantes. A SEC aprovou novos padrões genéricos de listagem que simplificam o processo de aprovação de ETFs de criptoativos, reduzindo a burocracia e abrindo caminho para mais de 100 novos pedidos já protocolados. No mesmo dia, a agência também autorizou o Grayscale Digital Large Cap Fund (GDLC), primeiro ETF multiativo de grande capitalização, com exposição a BTC, ETH, XRP, SOL e ADA.
Apesar do entusiasmo, os preços dos ativos pouco reagiram. O XRP se manteve em torno de US$ 3,08, enquanto o Dogecoin recuou 0,5%, para US$ 0,28. Ainda assim, ambos continuam entre os dez maiores criptoativos por valor de mercado.
O sucesso das estreias reforça a tendência de integração das criptomoedas ao mercado financeiro tradicional e sinaliza que investidores institucionais estão dispostos a ampliar sua exposição além das principais moedas digitais.