Vitalik Buterin detalha planos de longo prazo para tornar a rede resistente a ameaças quânticas; no curto prazo, ETH enfrenta pressão de venda de grandes investidores

O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, apresentou durante a Japanese Developer Conference sua visão de longo prazo para a rede, destacando três pilares: segurança, simplicidade e escalabilidade. No horizonte mais distante, o objetivo é tornar o protocolo resistente a computadores quânticos, capazes de quebrar algoritmos criptográficos atuais. Para isso, o Ethereum deve adotar métodos matemáticos de verificação de código e implementar primitivas de segurança quântica, reduzindo falhas humanas e tornando o sistema mais resiliente.

No médio prazo, o foco está em melhorar a interoperabilidade entre soluções de camada 2 e acelerar a validação de transações. Já no curto prazo, as prioridades envolvem aumentar a eficiência e reduzir custos, incluindo ajustes no limite de gás da camada 1. Buterin reforçou que, além de segurança, a simplificação da rede é essencial para manter o Ethereum utilizável e de fácil manutenção.

Enquanto a comunidade acompanha essa evolução tecnológica, o mercado segue atento ao preço do ETH. A criptomoeda se mantém acima de US$ 4.000, sendo negociada recentemente a US$ 4.492, com alta diária de 0,93% e volume de US$ 34,1 bilhões. Ainda assim, grandes investidores realizaram lucros: cerca de 90.000 ETH, avaliados em mais de US$ 400 milhões, foram vendidos em apenas dois dias, reduzindo as reservas de baleias para 15,4 milhões de tokens (12,7% da oferta circulante).

Esse movimento pode gerar pressão vendedora de curto prazo, mas analistas seguem otimistas. Alguns apontam para formações gráficas que podem levar o ativo a superar US$ 5.000 ainda em setembro, caso os suportes em US$ 4.500 se mantenham. Em caso de quebra, a faixa de US$ 4.000 a US$ 4.200 voltaria ao radar.

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