Ethereum enfrenta pressão de venda de grandes investidores, mas BitMine amplia aposta na rede

Queda no preço é acompanhada por redução de posições de baleias e sinais de fragilidade nos derivativos, enquanto tesourarias seguem acumulando ETH

O Ethereum passa por um momento de forte pressão de venda. Nas últimas semanas, o preço caiu cerca de 10%, sendo negociado em torno de US$ 4.200, após grandes investidores reduzirem suas posições. Dados da Nansen mostram que os 100 maiores endereços diminuíram seus saldos em ETH em aproximadamente 10%, movimento que reforça o pessimismo de curto prazo e levanta riscos de queda abaixo de US$ 4.000.

A atividade de baleias — carteiras com mais de US$ 1 milhão em ETH — também encolheu, com uma redução superior a 200% em suas posições. Esse comportamento tende a impactar o sentimento do mercado, já que investidores menores costumam acompanhar os movimentos dos grandes players, ampliando a pressão vendedora.

O mercado de derivativos reforça esse cenário de fragilidade. O open interest em futuros de ETH caiu 15% desde meados de setembro, enquanto taxas de financiamento negativas em plataformas como Binance e OKX indicam domínio dos vendedores. Segundo a CryptoQuant, esse tipo de movimento sugere capitulação de posições compradas, cenário que historicamente pode anteceder fases de estabilização ou recuperação.

Apesar do quadro de curto prazo desfavorável, alguns analistas veem a correção como oportunidade de acumulação. Michaël van de Poppe, por exemplo, considera que a pressão de venda atual cria espaço para a próxima perna de alta, com investidores estratégicos aproveitando os preços mais baixos.

Entre os que continuam apostando no potencial de longo prazo do Ethereum está a BitMine Immersion Technologies. A empresa anunciou que atingiu a marca de 2% do fornecimento total da criptomoeda, com mais de 2,4 milhões de ETH em carteira — cerca de US$ 10 bilhões. O objetivo da companhia é chegar a 5% da oferta circulante, reforçando sua visão de que o blockchain do Ethereum será central na transformação financeira impulsionada por Wall Street e inteligência artificial.

O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.