Ethereum busca simplicidade, Monero dispara com golpe milionário e Trump nega lucros com criptomoeda
Enquanto Vitalik Buterin propõe tornar o Ethereum mais simples e robusto, um roubo de US$ 330 milhões impulsiona o Monero, e a criptomoeda de Trump levanta suspeitas em Washington
Vitalik Buterin, cofundador do Ethereum, reacendeu o debate sobre o futuro da maior plataforma de contratos inteligentes ao defender uma simplificação radical de sua arquitetura. Em um artigo publicado em seu blog pessoal no dia 3 de maio, Buterin afirmou que o Ethereum deve buscar a elegância estrutural do Bitcoin para garantir longevidade, segurança e acessibilidade.
Segundo ele, tornar o protocolo mais simples — especialmente nos níveis de consenso e execução — reduziria os riscos de falhas graves, facilitaria o desenvolvimento e ampliaria a participação da comunidade. Entre as sugestões, está a substituição da atual Ethereum Virtual Machine (EVM) por uma arquitetura mais eficiente, como o RISC-V, que poderia multiplicar o desempenho da rede por até 100 vezes.
Em contraste com os esforços para tornar o Ethereum mais confiável e previsível, o mercado de criptomoedas enfrentou mais um episódio de instabilidade causado por crimes cibernéticos. Um golpe de engenharia social nos Estados Unidos levou ao roubo de 3.520 bitcoins — aproximadamente US$ 330 milhões — de um investidor idoso. A investigação conduzida por ZachXBT revelou que os fundos foram lavados por meio de diversas corretoras centralizadas até serem convertidos em Monero (XMR), uma criptomoeda conhecida pelo alto nível de privacidade.
A movimentação massiva em um mercado com baixa liquidez provocou um aumento abrupto de 50% no preço do XMR. Apesar das especulações iniciais sobre envolvimento de grupos estatais como o Lazarus Group, da Coreia do Norte, as evidências apontam para atores independentes. O caso se soma a uma série de ataques que já roubaram mais de US$ 1,6 bilhão em ativos digitais apenas no primeiro trimestre de 2025, segundo a empresa de segurança PeckShield.
E nem mesmo o presidente dos Estados Unidos escapou da polêmica. Donald Trump afirmou, em entrevista recente à NBC News, que não lucrou com o Official Trump (TRUMP), a meme coin lançada por sua equipe dias antes da posse. A criptomoeda teve um início meteórico, atingindo US$ 70 por unidade, mas despencou após iniciativas controversas, como a criação de um token da ex-primeira-dama e uma promoção que oferecia jantar com o presidente aos maiores detentores.
Apesar das declarações de inocência, dados on-chain indicam que grandes volumes de TRUMP foram transferidos para corretoras em momentos estratégicos, levantando suspeitas de vendas coordenadas. Com isso, democratas no Congresso já pedem uma investigação formal sobre o uso da imagem presidencial para ganhos financeiros via criptoativos.
