EUA impõe sanções a banco russo que financiou o Petro, criptomoeda venezuelana
Governo americano sanciona banco russo por apoio à Venezuela
Recentemente as autoridades americanas impuseram sanções ao Evrofinance Mosnarbank, banco de Moscou que ajudou a financiar a criptomoeda Petro, criada pelo governo de Nicolás Maduro para contornar a pressão econômica exercida pelos EUA.
O Departamento do Tesouro acusou o banco, que é uma propriedade conjunta de empresas estatais russas e venezuelanas, pelo apoio à empresa Petroleos de Venezuela SA (PDVSA), que já foi alvo das autoridades americanas por acusações de corrupção, desfalque e lavagem de dinheiro para o governo de Maduro.
As sanções foram anunciadas por Steven T. Mnuchin, secretário do Tesouro.
“O regime ilegítimo de Maduro se aproveitou do sofrimento do povo venezuelano. (…) Esta ação demonstra que os Estados Unidos irão tomar medidas contra as instituições financeiras estrangeiras que sustentam o regime ilegítimo de Maduro e contribuem para o colapso econômico e a crise humanitária que assolam o povo da Venezuela”, disse Mnuchin.
As sanções proíbem que tanto cidadãos quanto entidades americanas realizem negócios com o banco russo e ainda impõe que congelem seus ativos sob a jurisdição dos EUA.
Visto que mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos, reconheceram o líder da oposição Juan Guidó como presidente interino da Venezuela, o governo de Maduro está cada vez mais isolado, o que torna a aliança com o banco russo um importante alicerce.
O Evrofinance foi fundado como um banco binacional para financiar projetos de infra-estrutura e petróleo tanto na Rússia como na Venezuela. Em 2018 houve um disparo de 50% nos ativos do banco, o que foi um ponto-chave de apoio ao esforço fracassado do governo venezuelano de criar o Petro, criptomoeda nacional.
Os primeiros investidores do Petro foram convidados a comprar a moeda pelo envio de fundos a uma conta do governo no Ecrofinance.
Em março do último ano as autoridades americanas proibiram os cidadãos de comprar ou lidar com a criptomoeda, impondo uma nova rodada de sanções contra associados do governo Venezuelano.
Com a hiperinflação e a crescente escassez de alimento, o bolívar perdeu cada vez mais valor.
O governo alegou que sua criptomoeda arrecadou US$5 bilhões, mas a Assembléia Nacional, controlada pela oposição, afirmou que o Petro era ilegítimo.
Enquanto o país enfrenta um cenário de colapso humanitário e econômico causado pela corrupção e má administração, grandes instituições americanas e europeias cortaram laços com o regime de Maduro.
FONTE: RTT NEWS
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.