Evolução do Bitcoin em todos os tempos mostra qual é o melhor e o pior mês para a moeda digital.

Evolução do Bitcoin durante todos os meses, apontando o fechamento de cada mês, mostra os padrões de preço que a moeda digital fez durante esses 14 anos de vida.

Já com os primeiros dados, é possível notar um padrão de correção de preço no gráfico anual, de 4 em 4 anos. Esse período, provavelmente, tem relação com o Halving do Bitcoin.

Esses Halving’s acontecem a cada 210.000 blocos, cerca de quatro anos, quando, devido ao protocolo do BTC, as recompensas dos mineradores de Bitcoin são reduzidas pela metade. Esses eventos já aconteceram 3 vezes na história do BTC:

→ 28 de novembro de 2012: primeiro halving da criptomoeda. Ficou marcado pela rápida valorização do btc no mercado. A recompensa por cada bloco minerado caiu de 50 para 25 bitcoins.

→ 16 de julho de 2016: inicialmente, a moeda desvalorizou 10%, batendo US$ 610, mas, durante os 12 meses seguintes, o bitcoin subiu 284% e atingiu US$ 2.506. A recompensa por cada bloco minerado caiu de 25 para 12,5 bitcoins.

→ 11 de maio de 2020: a cripto valorizou 559%, saindo de US$ 8.787 em 2020 para bater uma máxima histórica (ATH) de US$ 68.944 em 2021. A recompensa caiu de 12,5 para 6,25 bitcoins por bloco.

Calcula-se que o próximo Halving será, aproximadamente, em 9 de maio de 2024.

Muitos analistas vinculam a valorização pós-halving por conta da escassez que o Bitcoin apresenta. De acordo com o seu protocolo, além de termos o evento do halving de 4 em 4 anos aproximadamente, a quantidade de moedas a serem mineradas é finita e vai chegar a um máximo de 21 milhões de unidades de bitcoin.

No momento em que esse artigo é escrito, já foram minerados cerca de 19.368.293 BTC, ou seja, já próximo do total máximo de BTC que vai existir. Além disso, desses 19,36 milhões, estima-se que mais de 5 milhões estão perdidos para sempre, o que aumenta mais ainda o poder da escassez da moeda digital.

• Veja também: Bitcoin: Taxas de transação superam as recompensas de bloco pela primeira vez desde 2017

Mais alguns números

Aqui estão os preços de fechamento de cada mês do Bitcoin:

Esses números foram retirados do Brave New Coin que criou um índice do Bitcoin (BLX) que pega o histórico desde o começo em 2010 buscando de todas as principais Exchanges do mercado.

Com esses números mês a mês, conseguimos verificar quanto que a moeda digital variou(%) em cada mês de acordo com o mês anterior e tirar mais conclusões:

Por essa imagem, podemos dizer que, historicamente, o melhor mês pro Bitcoin é fevereiro, pois dos 13 anos passados, ele fechou 10 vezes positivo (apenas 3 vezes negativo). Abril e Outubro também fecharam bem: 9 vezes positivo (sendo que outubro ainda tem um mês a menos).

No lado contrário, setembro é o pior mês pro Bitcoin fechando apenas 3 vezes no positivo e 9 no negativo.

Já se somarmos os percentuais nas colunas dos meses, os melhores seriam abril e novembro com +507,25% e 526,51% respectivamente. Já o pior continuaria setembro sendo o único mês com somatório negativo de -97,84%. Todos os meses, somam positivo, menos setembro.

A história se repete?

Bom, os dados sempre são importantes e trazem informações fundamentais para qualquer análise. Mas olhando o macro pelo gráfico mensal, talvez a amostragem ainda seja muito curta para tirar conclusões mais precisas. De toda forma, não podemos ignorar!

Com a fotografia atual, conseguimos concluir que:

→ O Bitcoin nunca esteve em tendência de baixa!
→ As 3 grandes correções anuais seguem uma progressão aritmética de 4 em 4 anos (assim como os Halving’s);
→ Bitcoin hoje é o ativo mais valioso do mundo por unidade;
→ Fevereiro e Abril tendem a ser bons meses;
→ Setembro é um mês ruim.

De acordo com os dados, em teoria, esse ano de 2023 será positivo com uma expectativa de crescimento mais acelerado em 2024 e até 2025. Mas apesar dos dados, o mercado não funciona dessa forma cartesiana e os padrões podem ser modificados a qualquer momento.

Para fechar, se você tivesse investido R$ 20.000,00 em Bitcoin no início de 2023, hoje você teria: R$ 35.356,48.

Se esse mesmo investimento fosse no início de 2019, hoje você teria R$ 156.899,30 .
Se esse mesmo investimento fosse no início de 2015, hoje você teria R$ 1.830.445,92 .