Ex-agente da Coinbase é preso após vazamento de dados
A Coinbase enfrenta novos desdobramentos no caso de segurança que marcou o setor de cripto em 2025. Um ex-agente terceirizado da empresa foi preso na Índia por envolvimento direto no vazamento de dados que comprometeu informações de clientes e gerou prejuízos significativos. O incidente havia sido revelado meses antes, quando investigações internas apontaram que hackers subornaram colaboradores externos para obter dados sensíveis.
Na época, a exchange afirmou que contratados foram alvos de abordagens criminosas. Assim, indivíduos mal-intencionados conseguiram acessar partes restritas do sistema. A revelação gerou críticas intensas à empresa, sobretudo pelo atraso na divulgação do incidente, além de resultar na demissão de funcionários da TaskUs, companhia responsável por parte do suporte terceirizado.
Prisão do ex-agente reforça gravidade do caso
Na sexta-feira, 26 de dezembro, uma reportagem da Bloomberg afirmou que o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, anunciou a prisão de um ex-agente de atendimento ao cliente na Índia, em conexão com a violação de dados ocorrida no início do ano. As autoridades identificaram o envolvimento do profissional no vazamento ocorrido no início do ano. Além disso, Armstrong destacou que novas prisões devem ocorrer, já que outras pessoas podem ter colaborado com o suborno e a distribuição de dados.
A empresa estimou que o impacto financeiro do incidente poderia chegar a US$ 400 milhões. Isso ocorreu porque as informações acessadas tinham potencial para alimentar golpes, fraudes e outras atividades ilícitas. Relatórios anteriores já indicavam indícios preocupantes, incluindo o caso de uma funcionária da TaskUs flagrada fotografando telas de computadores durante o expediente.
Esse material seria vendido para hackers interessados em comprar dados confidenciais de clientes da Coinbase. Conforme as apurações, ela e um cúmplice forneceriam informações em troca de pagamentos recorrentes. Portanto, a prisão do ex-agente representa um passo importante na elucidação de toda a rede criminosa.
Em publicação oficial na plataforma X, Armstrong afirmou que a empresa mantém cooperação com autoridades internacionais. Assim, a exchange busca identificar todos os envolvidos no esquema e reforçar suas medidas de segurança internas. O executivo reforçou que a companhia adota tolerância zero para condutas que coloquem clientes em risco.
Setor de cripto acumula falhas de segurança em 2025
O ano foi marcado por inúmeros incidentes de segurança que afetaram empresas, protocolos e investidores. No total, ataques e explorações resultaram em perdas superiores a US$ 3,4 bilhões. Esse cenário elevou a preocupação do mercado, já que golpistas utilizaram técnicas cada vez mais sofisticadas.
No caso da Coinbase, outros episódios também chamaram atenção. Em fevereiro, investigações revelaram que clientes perderam mais de US$ 65 milhões em apenas dois meses por golpes baseados em engenharia social. Além disso, um jovem de 23 anos do Brooklyn foi indiciado por um esquema de phishing que enganou cerca de cem usuários e gerou prejuízo estimado em US$ 16 milhões.
Esses casos reforçaram a necessidade de medidas robustas para proteger contas, evitar acessos indevidos e educar usuários sobre riscos digitais. Portanto, a prisão do ex-agente surge como um marco importante no esforço da empresa para recuperar a confiança dos clientes e demonstrar transparência.
Abaixo, o gráfico mostra o comportamento recente do Bitcoin:
Preço do BTC no gráfico diário | Fonte: Gráfico BTCUSDT no TradingView
O avanço das investigações indica que novas revelações podem surgir nos próximos meses. Assim, a cooperação entre autoridades e empresas se torna essencial para reduzir impactos e fortalecer a segurança no mercado de cripto.