Exchange Kraken deixa o Japão em virtude dos altos custos para manter o negócio
A exchange Kraken encerrará seus serviços no Japão em virtude dos altos custos para manter o negócio.
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Fazendo referência a uma declaração enviada por email pela Kraken, o Bloomberg relatou que a exchange estadunidense está encerrando todos os seus serviços no Japão, pretendendo deixar de vez o país em junho deste ano. Contudo, a exchange deixou as portas abertas para um possível retorno no futuro.
A Kraken foi citada na reportagem do Bloomberg:
“Suspender nossos serviços aos residentes do Japão nos permitirá focar nos nossos recursos para poder melhorar os serviços em outras áreas. Trata-se de uma suspensão de serviços localizada, afetando somente os residentes do Japão e não os cidadãos ou negócios japoneses instalados fora do país.”
Fora a declaração enviada por email, a Kraken ainda não se manifestou.
A Kraken, uma das mais antigas exchanges do mundo, recebeu altas quantias de investidores japoneses, inclusive do braço de capital de risco do gigante bancário SBI, principal investidor em uma segunda rodada de financiamento da exchange ocorrida no início de 2016. À época, a Kraken ressaltou seus planos de utilizar os fundos para auxiliar a introduzir os serviços de criptomoedas, especialmente de bitcoin e ethereum, no Japão.
A saída da exchange ocorre em um período em que a Agência de Serviços Financeiros (FSA), regulador financeiro do Japão, está aumentando a inspeção a plataformas de troca domésticas – que já estejam operando ou aguardando uma licença. Em março, a FSA emitiu um aviso formal à Binance, atualmente a maior exchange do mundo, por operar no país sem o devido registro junto à agência.
O aumento nos cuidados se dá após o infame roubo de US$530 milhões em tokens da NEM da Coincheck, tido como o maior roubo de criptomoedas da história. As consequências do roubo, ocorrido em janeiro, levaram até mesmo algumas exchanges a serem suspensas pelo órgão regulador. A FSA chegou a tomar medidas drásticas ao fechar duas exchanges no fim do mês passado.
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Além disso, a SBI Virtual Currencies, exchange operada pela gigante SBI, teve seu lançamento adiado para que fossem fortalecidas as medidas de cibersegurança.
Contudo, o Japão ainda é uma das jurisdições mais amigáveis aos cripto negócios. Anteriormente neste mês, um grupo apoiado pelo governo propôs novas diretrizes para legalizar e regulamentar ofertas iniciais de moedas (ICOs) no país.
O reconhecimento da bitcoin como um método legal de pagamento e o advento das criptomoedas na sociedade japonesa fez com que grandes corporações adentrassem a esfera das criptos. Mais cedo neste mês, a plataforma online de corretagem Monex anunciou a aquisição da Coincheck. Na semana passada, o Yahoo Japão confirmou suas intenções de comprar 40% das ações da exchange BitARG, com uma oferta que pode chegar até US$27,8 milhões.
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O que você acha? Apenas contenção de gastos ou a exchange passa por período de dificuldade?
Fonte: CCN