Exchanges chilenas pedem regulamentações após suas contas serem fechadas por bancos locais

Duas exchanges chilenas, BUDA e Crypto MKT, recentemente viram bancos locais fecharem suas contas por lidarem com criptomoedas. Em resposta, as companhias decidiram pedir que a associação bancária do país, Asociación de Bancos e Instituciones Financeras (ABIF), esclareça sua posição em relação à indústria das criptomoedas.

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Segundo o veículo de notícias local chamado PULSO, as duas exchanges emitiram uma declaração pública, através da qual eles requerem que o órgão regulador esclareça sua posição, tendo em vista que os bancos estão fechando suas contas alegando terem instruções para “não abrir contas para pessoas ou negócios relacionados a criptomoedas.”

A declaração alega que instituições financeiras não possuem conhecimento sobre como as criptomoedas funcionam, além de questionar o motivo que levou ao fechamento de suas contas. Consta na declaração:

“A falta de conhecimento e clareza regulatória deu margem para que alguns bancos, motivados pelo medo, pela falta de informação ou, talvez, apenas por estratégia, se recusem a fornecer seus serviços a qualquer um que tenha relação com qualquer ativo digital.”

BUDA e Crypto MKT também ressaltaram que deve ser determinado se as companhias relacionadas a criptomoedas devem ter acesso a serviços bancários, ou se os bancos estão determinados “a impedir a existência” destas companhias. Ademais, as duas exchanges pediram que as autoridades e a população deem atenção ao problema.

Logo em seu início, a declaração alega que a indústria está sendo “assassinada” antes de ser estudada. Ela ressalta que tanto a BUDA, quanto a Crypto MKT, agem de acordo com as regras, eis que desenvolveram plataformas seguras para seus usuários, pagam VAT, abriram canais para cooperarem com as autoridades locais, além de seguirem as políticas Anti-Lavagem de Dinheiro (AML) e Anti-financiamento de causas terroristas.

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https://twitter.com/BudaPuntoCom/status/977879799510323200

A ABIF rejeita a responsabilidade

Segundo uma publicação do jornal local Publimetro, a ABIF respondeu às duas exchanges, alegando não ser responsável por solucionar o problema. O órgão regulador argumentou que esta é uma matéria que deve ser direcionada e resolvida no contexto das relações individuais que possuem os bancos e seus clientes.

A ABIF também afirmou que declarações como as das exchanges são “particularmente sérias”, tendo em vista que elas podem levar as pessoas a interpretarem errado o papel da associação. Martin Jofré, co-fundador da Crypto MKT, alegou que a associação pode fazer muito, tendo em vista que a matéria sendo discutida é o papel que os bancos têm em decidir quais atividades econômicas podem ou não ser desenvolvidas no Chile.

O diretor geral da BUDA, Pablo Chávez, argumentou que a recente ação demonstra que os bancos decidem não operar com companhias relacionadas a criptomoedas de forma arbitrária e sem uma fundamentação sólida. Além disso, ele revelou que “nenhum dos bancos em questão levantou dúvidas sobre criptomoedas.”

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Fonte: CCN

Edição: WeBitcoin