Criminoso criou uma espécie de “plataforma de arbitragem” disfuncional; esquema é parecido com o que foi criado pela Atlas Quantum, no Brasil.

Golpista cripto é preso

Segundo informações do Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos, um indivíduo foi preso pelo FBI por ter promovido um esquema de pirâmide envolvendo criptomoedas.

O golpista em questão é Japheth Dillman, 44 anos, dono da empresa Block Bits Fund. Trata-se de um suposto negócio de arbitragem automatizada de criptomoedas, bem similar ao que foi realizado pela Atlas Quantum no Brasil.

A sede da empresa fraudulenta fica em São Francisco, uma das cidades mais importantes dos Estados Unidos no que se refere à presença de companhias focadas em criptomoedas e blockchain.

Acusação

Segundo o DOJ, Dillman alegou ter criado o “autotrader”, um robô de alta performance que executa automaticamente operações de arbitragem com o saldo dos investidores.

• Veja também: Terra – Usuários da rede perderam cerca de US$ 4,3 milhões em golpe phishing
  

Dillman disse às vítimas que todos poderiam lucrar por meio das oscilações de preços entre as plataformas de negociação. Além disso, parte do valor arrecadado seria utilizado para melhorar o robô, o qual estaria em pleno funcionamento e trazendo lucros.

Porém, o golpista afirmou que o saldo dos investidores ficaria guardado com segurança em carteiras frias (cold wallets), rendendo juros sobre os valores investidos. Essa característica técnica não faz sentido, pois cold wallets são carteiras mais difíceis de movimentar fundos; hot wallets são comumente utilizadas para realizar várias transações diárias.

Dillman conseguiu lucrar US$ 508 mil com o embuste. Caso seja condenado, o criminoso, além de ser preso, terá de arcar com multa.

O que é arbitragem?

Arbitragem é uma modalidade de operação que consiste em comparar os preços de uma mesma criptomoeda entre exchanges distintas, comprá-las pelo menor preço e vendê-las pelo maior valor.

Tendo em vista que as criptomoedas são bastante voláteis, é bastante comum que corretoras diferentes registrem temporariamente valores distintos sobre um mesmo ativo.