FMI aposta na futura emissão de criptomoedas pelos Bancos Centrais
O FMI e o Banco Mundial trazem a tendência num relatório de pesquisa. A base são respostas fornecidas por entidades de gestão financeira de diferentes países
De acordo com relatório resultante de uma pesquisa realizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em parceria com o Banco Mundial, é possível acreditar num movimento futuro de emissão de moedas virtuais pelos Bancos Centrais. As duas instituições, que são focadas no desenvolvimento do ecossistema financeiro internacional, tiveram por base das conclusões os dados gerados a partir de, em média, 96 respostas fornecidas por instituições financeiras de todos os países membros.
O documento resultante da investigação sinaliza que as instituições de gestão econômica nacionais de diferentes países consideram a implementação da chamada moeda digital do banco central (CBDC), considerada uma variante digital da moeda fiduciária. Alguns exemplos chegam, por exemplo com o Uruguai, que já anunciou um projeto piloto nesse sentido, além de países como China, Suécia e Ucrânia que, de acordo com matéria do portal Mooncatchermeme, já se aproximam de testar sistemas do gênero.
Estudos pelas entidades financeiras também são indícios
Outro fator que reforça a aposta da pesquisa são as informações indicativas de que vários bancos centrais vêm realizando pesquisas sobre o possível impacto da CBDC na estabilidade financeira , na estrutura do setor bancário , na entrada de instituições financeiras não bancárias e na transmissão da política monetária. A opção, ainda de acordo com o relatório, é considerada tanto pelas economias emergentes, quanto pelas desenvolvidas.
O que faz diferença são, fundamentalmente, os objetivos para a realização de projetos de CBDC. Para as economias desenvolvidas, as moedas virtuais surgem como uma alternativa ao dinheiro; no caso dos nações de economia em desenvolvimento, os ativos digitais servem para reduzir os custos bancários , bem como potencialmente tornar os bancos mais disponíveis para os cidadãos sem conta bancária. Outro ponto que a pesquisa detectou é que, na maioria dos casos, a intenção é de que as operações, em sua maioria, sejam rastreáveis pelas autoridades econômicas centrais.
FONTE: MOONCATCHERMEME
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.