Fornecedora de energia solar japonesa firma parceira com companhia Blockchain para melhorar a distribuição de energia

O projeto será testado ainda este mês

A Kyocera, fornecedora japonesa de energia solar com US$736 milhões em receita líquida, realizou uma parceria com a LO3 Energy, sediada em Nova York, para testar usinas de energia virtual (VPP) baseadas em tecnologia blockchain para aprimorar a distribuição de energia.

O teste, marcado para o dia 28 de fevereiro (quinta-feira) irá permitir que empresas avaliem a viabilidade de VPPs que promovem uma sociedade com baixa emissão de carbono com base na rede P2P (peer-to-peer) de consenso distribuída.

No projeto, a Kyocera irá criar pequenos VPPs utilizando seus módulos e baterias solares fotovoltaicos (PV), ao passo que a LO3 será responsável pelo gerenciamento de fluxo de energia com base em sua tecnologia de contabilidade distribuída.

A tecnologia blockchain da LO3 Energy é aplicada para registrar e verificar transações, distribuindo energia com os próprios painéis solares por meio de uma microrrede ao invés de utilizar grandes redes de energia. A Kyocera, por sua vez, vem se especializando em sistemas de geração de energia solar e baterias de armazenamento para projetos de teste de VPP do governo japonês, permitindo novas descobertas em recursos de energia distribuída controlados remotamente.

De acordo com Lawrence Orsini, CEO da LO3, a necessidade de reduzir as emissões de carbono geram um profundo impacto sobre os fornecedores de energia em todo o mundo, ao passo que o blockchain pode viabilizar transações de microenergia que são necessárias para enfrentar tal desafio.

Orsini alegou ainda que a combinação do conhecimento sobre blockchain da LO3 Energy combinado à experiência da Kyocera poderia construir uma nova geração de usinas virtuais capazes de acelerar a transição do Japão para uma sociedade sem carbono.

Em maio do último ano a IBM se aliou à Veridium Labs para dividir os créditos de carbono que irão permitir que as empresas rastreiem sua pegada de carbono utilizando o blockchain.

Em novembro a revista Nature Sustainability relatou que processos de mineração de criptomoedas consomem mais energia do que a mineração convencional (minérios). Um estudo aponta que minerar ouro, platina ou cobre consome menos energia para gerar um dólar americano do que as principais criptomoedas do mercado (Bitcoin, Ethereum e Litecoin).

FONTE: COINTELEGRAPH

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Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.