Fraudes no Reino Unido: prejuízos somam US$ 200 milhões e golpes aumentam em 2021
Segundo informações oficiais do governo britânico, mais de 7 mil usuários dizem ter sido vítimas de golpes envolvendo criptomoedas.
De acordo com relatório publicado pela Action Fraud, empresa britânica responsável por registrar e parametrizar golpes e crimes digitais, o número de vítimas de golpes envolvendo criptomoedas aumentou 30% em comparação com o ano de 2020.
São mais de 200 milhões de dólares perdidos por conta de golpes, com ticket médio aproximado de 28 mil dólares.
Modus operandi
Segundo a Action Fraud, boa parte dos golpes ocorrem por conta de “endossos de celebridades”: os criminosos criam campanhas de marketing atraentes e bem articuladas para gerar credibilidade. Para tanto, falsos testemunhos são publicados em suas plataformas, bem como fotos de pessoas famosas, gerando uma falsa sensação de segurança.
Cerca de 79% das vítimas de golpes envolvendo moedas digitais no Reino Unido alegam ter investido em scams desta natureza.
Craig Mullish, detetive-chefe da polícia da cidade de Londres, acredita que, como as pessoas têm passado mais tempo online, ficou mais fácil para os criminosos encontrarem novas vítimas:
“Denúncias de fraudes envolvendo criptomoedas têm crescido significativamente ao longo dos últimos anos, o que não é nenhuma surpresa, tendo em vista que todo mundo está passando mais tempo conectado à internet. Estar conectado significa que os criminosos têm uma chance ainda maior de abordar vítimas desavisadas com oportunidades de investimento fraudulentas.”
Além disso, a Action Fraud avisa que boa parte das empresas que oferecem investimentos por meio de moedas digitais não são reguladas pelo órgão regulador britânico, o Financial Conduct Authority (FCA). Por isso, usuários que queiram se arriscar em águas desconhecidas não poderão fazer uso de certos mecanismos de proteção ao crédito.
É possível verificar, antes de fechar negócio, se há Registro FCA para a empresa. Além disso, é possível fugir de algumas empresas problemáticas por meio da “lista-negra” publicada pela entidade.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.