Fundador da BitMEX é condenado por facilitar lavagem de dinheiro
A pena do executivo ficou mais branda por ter assumido responsabilidade.
Rendição do ex-CEO da BitMEX
Segundo informações do Cointelegraph, Arthur Reyes, ex-CEO da BitMEX, rendeu-se às autoridades norte-americanas e foi condenado a dois anos de prisão condicional e seis meses de prisão domiciliar.
O governo dos EUA acusou a exchange de facilitar esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas. Além de Arthur Reyes, os executivos Benjamin Delo e Samuel Reed também se declararam culpados pelas alegações do governo.
Todos afirmaram “não estabelecer, implementar e manter um programa de combate à lavagem de dinheiro (AML) na BitMEX”.
Leis norte-americanas
De acordo com a legislação estadunidense, declarar-se culpado de facilitar lavagem de dinheiro é crime passível de até cinco anos de prisão. Mas os empresários decidiram admitir a culpa antes do julgamento para abrandar a pena.
Hayes foi solto após pagar fiança de US$ 10 milhões. Porém, devido à natureza das acusações sobre lavagem de dinheiro e KYC (Know Your Customer, como são chamados os mecanismos de compliance das exchanges), ele terá de cumprir uma pena mais leve.
Blockchain contra o crime
Apesar das alegações do governo, as tecnologias blockchain podem, na verdade, ser muito mais precisas que os mecanismos tradicionais de combate a fraudes financeiras.
Afinal, todas as transações de Bitcoin são públicas: corretoras de criptomoedas podem monitorar todas as atividades dos criminosos, evitando o saque dos fundos.
Uma das principais dificuldades dos criminosos é ocultar o patrimônio digital. Por meio de iniciativas pontuais, é possível, sim, prevenir grandes danos relacionados a falhas de segurança em exchanges.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.