Futebol brasileiro deve captar milhões em investimentos de cripto empresas em 2019
Futebol brasileiro na mira dos investimentos
Em uma entrevista ao Cointelegraph, Marcelo Santurio, chefe de desenvolvimento de negócios da Socios.com – empresa responsável pelo lançamento das criptomoedas do Paris Saint-Germain e Juventus, afirmou que a América Latina é o mercado número um da empresa este ano.
O trabalho da Socios.com é semelhante ao trabalho da Footcoin desempenhado no Brasil, baseado na aproximação entre clubes e torcedores que, munidos destes tokens, podem votar nas decisões do clube e adquirir produtos.
Contudo, enquanto a Footcoin funciona principalmente como uma plataforma para criação de aplicações e emissão de tokens nativos dos times, a Socios.com atua como um “clube torcedor” em que os proprietários dos tokens podem participar online de decisões e discutir os rumos do clube com a sua diretoria.
A empresa por trás da plataforma, Chiliz, recebeu US$66 milhões em uma rodada de investimentos, tendo a Binance como um dos principais investidores.
Segundo Santurio, citado pela publicação original:
“A maior parte desse montante será destinado à América Latina, onde os investimentos devem chegar aos ”vários milhões”. O Brasil será o principal destinatário dos recursos humanos e financeiros da companhia.”
Criptomoedas no futebol brasileiro
Nos últimos meses, as criptomoedas têm ganhado espaço dentro da maior paixão do brasileiro: o futebol. Atlético Mineiro e Fortaleza anunciaram o lançamento de seus tokens próprios, respectivamente, Galocoin e Leãocoin.
O time seguinte a anunciar a criação do seu próprio token foi o Corinthians, com a Timãocoin. Todas as criptomoedas estão sendo desenvolvidas dentro da plataforma Footcoin.
Já o Santos firmou uma parceria com o Bolton Holding Group, responsável pela criptomoeda Bolton Coin, para reformar seu estádio, a Vila Belmiro, e construir um novo centro de treinamento para suas categorias de base.
Contudo, nem tudo são flores. Após fechar uma parceria com a Inoovi, cripto empresa de Hong Kong, o Athlético Paranaense foi vítima de um “calote”. O acordo consistia no time brasileiro utilizar o token da empresa, o IVI, além de divulgar a empresa em seu uniforme e em banners do clube. Em troca, valores seriam repassados ao Furacão.
Chegada a hora do primeiro repasse, porém, a Inoovi não fez o pagamento, e o clube brasileiro resolveu encerrar a parceria.
Provavelmente, em vista deste cenário, a Socios.com viu no futebol brasileiro um mercado promissor para introduzir as criptomoedas.