Em abril deste ano, o país declarou sua intenção de torná-lo amigável às criptomoedas; com a saída do atual primeiro-ministro, o que muda?

Mudanças drásticas

Depois de tantos anos de hostilidade contra criptomoedas, o Reino Unido decidiu, em abril deste ano, que se tornaria um “hub global” de tais tecnologias. O anúncio foi feito por Rishi Sunak, chanceler do tesouro britânico.

Entretanto, segundo informações do The Breakdown, Sunak anunciou sua saída do governo devido ao pesado escândalo político vivido por Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido que renunciou ao cargo. Ele continuará até que seja eleito um substituto.

Com isso, o otimismo em relação à implementação de criptomoedas no país pode estar em cheque.

Alto risco

Em linhas gerais, o governo britânico nunca foi muito favorável às criptomoedas. Faz poucos meses que a base governista começou a sugerir maior aceitação e introjeção das tecnologias descentralizadas.

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Porém, com a saída de grande parte da base de Johnson, os que permanecem no poder podem não se sentir motivados a prosseguir com o projeto de criar um “hub” de criptomoedas.

Em junho de 2021, a Binance foi proibida de operar no Reino Unido devido ao não cumprimento das pesadas regulamentações.

Além disso, o apoio às criptomoedas pode chegar ao fim por questões políticas; uma possível manobra da oposição para garantir a hegemonia da moeda fiduciária local.

Sobre a polêmica

Boris Johnson é membro do Partido Conservador britânico e desocupará a cadeira de primeiro-ministro após 3 anos de mandato.

Chris Pincher, membro da bancada do Partido Conservador e forte aliado de Johnson, apalpou dois homens em um clube privado em Londres. Johnson teria noção do ocorrido, mas encobriu o caso para evitar desgastes.

Com isso, mais de 20 aliados ao governo renunciaram, o que tornou insustentável a permanência de Johnson no poder.

O tratamento que o primeiro-ministro deu à pandemia nos seus primórdios também ajudou a fortalecer o desgaste. Ele foi acusado de ser leviano e condescendente nas primeiras etapas do combate contra a pandemia, além de executar lockdowns excessivos e mal pensados.