Se o(a) “crush” começar a pedir criptomoedas, é melhor ficar de olho

O amor e o perigo estão no ar

Em maio deste ano, um homem intitulado “Seth” (sua identidade real foi preservada) iniciou seu primeiro relacionamento amoroso aos 30 anos de idade, segundo a Avast. A partir de então, começou a usar aplicativos de relacionamento e marcar alguns encontros.

Pouco tempo depois, “Seth” e a mulher com quem se comunicava pelo aplicativo passaram a trocar mensagens e conteúdos picantes pelo WhatsApp. Em algum momento, a mulher declarou que adorava investir em criptomoedas – mas o assunto ainda era novidade para o jovem rapaz.

Semanas após introduzi-lo ao tema, “Seth” cedeu US$ 200 dólares à mulher, que aplicou o valor no site bsvglobal.cc. Rapidamente, os US$ 200 renderam US$ 40, o que chamou bastante atenção do homem apaixonado; por que não investir mais e melhorar os resultados financeiros?

Foi justamente o que ele fez.

“Seth” pegou o que tinha em sua conta corrente e transferiu à sua namorada virtual e investidora. US$ 5.000 rapidamente viraram US$ 6.000, o que fez com que ele ficasse bastante confortável com a situação – pelo menos por algum tempo.

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Bandeira vermelha

“Seth” começou a desconfiar de alguns sinais suspeitos; por conta disso, decidiu que sairia da plataforma e deixaria o esquema de investimentos para trás. Entretanto, uma pegadinha de mau gosto o aguardava ansiosamente.

Ela havia dito que uma “pequena taxa” seria cobrada por saques consideráveis. Acontece que a taxa era de 25% sobre o valor total investido – no caso, US$ 1.500. “Seth” não tinha esse saldo em conta, portanto, não poderia resgatar o que tinha.

O caso foi encaminhado à polícia e o usuário ainda não viu a cor do dinheiro.

Golpes românticos estão crescendo

Apesar de ainda não ser um problema tão endêmico como outros, golpes românticos envolvendo criptomoedas estão crescendo nos Estados Unidos, segundo a Federal Trade Comission (FTC).

Sendo assim, se seu coração tem um espaço que precisa ser preenchido, muito cuidado na hora de conversar com pretendentes.

Criminosos fazem uso de técnicas de engenharia social para ganhar a confiança de suas vítimas. Eles tendem a rapidamente migrar a conversa para o WhatsApp, pois ficam imunes às diretrizes dos aplicativos de relacionamento.

Um de seus principais artifícios é fazer com que as vítimas se sintam “especiais”, dizendo tudo aquilo que elas gostam de ouvir.

Outro ponto importante, mas que muitas vítimas veem como “mistério”, é que boa parte dos golpistas não aceitam ligações ou conversas por vídeo. A maioria alega que seus equipamentos estão quebrados ou não estão funcionamento adequadamente. Pessoas legítimas, de fato, podem passar por dificuldades técnicas; porém, se o discurso se mantiver por um longo período, desconfie.

Por fim, evite delegar a terceiros este tipo de função: aprenda a investir em criptomoedas por conta própria ou contrate profissionais qualificados e reconhecidos pela comunidade.