Governadora do Banco Central russo fala sobre criptomoeda atrelada ao ouro

Rússia poderá desenvolver nova criptomoeda atrelada ao ouro

De acordo com uma declaração de Elvira Nabiullina realizada na última terça-feira, o Banco Central da Federação Russa irá revisar uma proposta para a criação de uma criptomoeda atrelada ao ouro, que poderia ser utilizada em negociações com outros países.

“Para acordos mútuos, iremos considerar, claro, nossa proposta de uma criptomoeda atrelada ao ouro. Mas, na minha opinião, é mais importante desenvolver acordos em moedas nacionais”, disse Nabiullina, atual governadora do banco.

Ela acrescentou que no momento, novos acordos em moedas nacionais na estrutura da União Econômica da Eurásia (EAEU) estão sendo desenvolvidos, e que a “dinâmica é boa”.

De acordo com ela, o banco se opõe ao uso de criptomoedas no sistema monetário nacional.

“Somos, de modo geral, opositores ao lançamento de criptomoedas em nosso sistema monetário. Não vemos a possibilidade das criptomoedas agirem como substitutos do dinheiro. Definitivamente não aqui”

Os primeiros boatos sobre tal ativo surgiram em abril, quando Bruno Macaes, antigo ministro de Portugal, sugeriu que a Rússia estaria desenvolvendo uma criptomoeda atrelada ao ouro em nível de estado, que teria o potencial de impactar significativamente o sistema financeiro global.

No início do ano, a Comissão Econômica da Eurásia (EEC) preparou um relatório para os líderes da EAEU sobre criptomoedas como parte de um esforço para formular uma estrutura regulatória.

“Preparamos um relatório de análise e iremos apresentar em breve, que irá analisar o que são criptomoedas, o que está acontecendo no mundo, qual a abordagem dos países, qual regulamentação é fornecida”, disse Tatyana Valovaya, Ministra de Integração e Macroeconomia da EEC.

A ministra observou que um mercado financeiro comum será criado na EEC até 2025.

“Se a tendência das criptomodas e o desenvolvimento blockchain estão acelerados, temos que perceber isso”

Tatyana acrescentou que “um grupo de especialistas de todos os cinco países foi formado dentro da plataforma (da EAEU).” Ela ainda instou a criação de mecanismos de regulamentação nessa área, considerando as melhores práticas globais.

FONTE: TASS

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Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.