Governo cria unidade de investigação dedicada a criptomoedas
Unidade de Crimes de Criptomoedas lançada no Brasil
Os crimes de criptomoedas têm várias características que os tornam difíceis de detectar pelas unidades tradicionais de inteligência. É por isso que alguns países já dedicaram parte de seu orçamento para construir recursos para enfrentar esses novos crimes tecnológicos. O Brasil, um país onde ocorreram vários golpes relacionados a criptos, relatou oficialmente o lançamento de uma unidade de investigação dedicada a criptomoedas. As informações são do site Bitcoin.com.
Essa nova unidade, denominada “Cripto”, está sendo criada pelo Ministério Público do Distrito Federal no país e cumprirá suas funções auxiliando os promotores públicos a lidar com casos de criptos. Da mesma forma, a unidade terá como alvo os consumidores de produtos cripto para alertá-los e educá-los sobre o uso seguro de criptoativos.
Frederico Meinberg, coordenador da unidade e promotor público, falou sobre o treinamento que os agentes da unidade Cripto devem seguir. Em uma entrevista, Meinberg afirmou:
“O melhor treinamento para um agente que lida com ativos digitais é interagir com o mercado. Sem prática, podemos oferecer as melhores ferramentas que, no final, o agente não saberá o que fazer. É por isso que sempre focamos na interação dos agentes com o ecossistema, começando pelas exchanges e vendedores peer-to-peer.”
Meinberg não divulgou o número de agentes que fazem parte da unidade de criptomoedas por motivos de segurança.
Regulamentação brasileira
O estabelecimento da primeira unidade de investigação dedicada a cripto ocorre logo após a aprovação do projeto de lei de criptomoedas pelo Congresso em abril. Este projeto de lei tem, entre outros objetivos, a meta de coibir crimes relacionados a criptomoedas no país, definindo um novo tipo de fraude relacionada a cripto e atribuindo penas de prisão de dois a seis anos, dependendo do crime.
Meinberg disse que, devido à natureza desses crimes, as investigações de criptomoedas são mais difíceis do que as tradicionais. Nesse sentido, ele acredita que o avanço dessas regulamentações poderia ser de grande ajuda para o Ministério Público, pois poderia ajudar a agilizar os procedimentos ao estabelecer protocolos específicos para essa tarefa.