Governo da Bulgária nega custódia de 200 mil Bitcoins
Bitcoins apreendidos teriam sido leiloados em 2018
Nesta semana a mídia abordou o curioso caso da suposta custódia de 200 mil Bitcoins pela autoridades búlgaras, prática que consiste em armazenar o ativo e esperar por sua valorização.
Referindo-se a um comunicado de imprensa realizado em maio de 2017, a TrustNodes noticiou que as autoridades locais confiscaram os fundos em BTC após derrubarem uma operação criminosa desconhecida.
De acordo com o relato, realizado pelo Centro de aplicação da lei do Sudeste da Europa, a operação focou em um “grupo de crime organizado” que incluía cidadãos de diversas nacionalidades.
O governo apreendeu diversos ativos, incluindo a quantia em Bitcoin (que no momento da escrita vale mais de US$1,6 bilhões). Com base nisso, surgiram diversas publicações alegando que o governo custodia as criptomoedas até hoje, podendo ser o governo mais rico em Bitcoin do mundo.
Entretando, de acordo com a mídia búlgara, tal reserva de BTC custodiada pelo governo não existe, não mais.
De forma específica, a Bivol, mídia local, noticiou em abril de 2018 que o governo realizou um leilão discreto e vendeu os ativos a diversos compradores internacionais. A venda aparentemente ocorreu alguns meses após a queda do Bitcoin, que atingiu US$20 mil em dezembro de 2017.
A publicação afirma que o Ministro das Finanças do país, Vladislav Goranov, disse ao Conselho de Segurança do Primeiro-Ministro que a venda havia sido realizada e que as moedas foram vendidas aos poucos para não causar estragos no mercado.
Aparentemente, “diversos fundos soberanos e investidores asiáticos” compraram os ativos por cerca de €15 mil a unidade, tendo como consultora a Deloitte. Curiosamente,”especialistas do FBI americano ajudaram a assegurar a segurança das transações”, sendo que a última ocorreu em 1º de abril de 2018, de acordo com Goranov.
Como relatado pelo Bitcoinist, conspirações envolvendo o governo e bancos centrais acumulando Bitcoins continuam a permear a comunidade.
Recentemente, relatórios de um economista do Kremlin revelaram que a Rússia havia comprado Bitcoins por quase US$9 bilhões via oligarcas e empresas.
Em paralelo, a administração venezuelana continua a divulgar sua duvidosa criptomoeda, o Petro, enquanto permanece quieta sobre seu relacionamento com criptiativos descentralizados, como o Bitcoin.
Ao longo dos anos, no entanto, os governos impuseram uma tendência para se desfazerem de posses de criptomoedas, com os EUA realizando seus próprios leilões em 2014 e 2018, que viram os ativos mudarem de mão por apenas US$630.
Entre os beneficiários do sell-off da Silk Road estava Tim Draper, um investidor notoriamente otimista que viu o valor de suas moedas expandir quase 14x.
FONTE: NOVINITE
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.