Governos não subestimam os Bitcoins

Enquanto muitos dos poderosos de Wall Street humilharam publicamente o bitcoin e seus usuários, o Citigroup está tomando uma abordagem mais sutil. Em uma entrevista numa conferência futurista em Nova York, o diretor executivo do Citigroup descreve em detalhes como a sua empresa vai enfrentar a criptomoeda mais popular do mundo, o bitcoin. Sua empresa é o quarto maior banco dos EUA por ativos totais, logo atrás do Wells Fargo Bank of America e do JP Morgan Chase.

 “Você não ouvirá o Citigroup ser depreciativo”

Nos últimos anos, a conferência “The Year Ahead” na sede da Bloomberg tem reunido alguns dos mais importantes membros da comunidade financeira do mundo. O dia 8 de novembro de 2017 não foi diferente, Michael Corbat, diretor executivo do Citicgroup Inc., se reuniu com Erik Schatzker para avaliar as possibilidades para o ano de 2018.

A primeira pergunta do Sr. Schatzker foi sobre o bitcoin. Por ora, as valorizações do mercado de ações, os preços de equidade, as tesourarias, as economias dos E.U.A e do mundo em geral foram deixadas de lado em favor de um assunto dominando a indústria, as criptomoedas.

Isso com certeza é um ponto importante, mas é também um sinal de mudanças para o Citigroup. Ser convidado para uma festa após um pedido de ajuda vergonhosamente histórico de bilhões de dólares é de total interesse jornalístico. Aparentemente, até mesmo as rainhas estereotipadas da vida boa parecem ter mais vergonha.

Sinceramente, talvez a empresa tenha aprendido a ser um pouco mais humilde. E realmente parece que sim. O diretor executivo, Michael Corbat, que foi promovido para essa posição em 2012 (quatro anos completos no meio de fiascos de auxílios financeiros), respondeu humildemente, “Você não nos ouvirá sendo depreciativos em termos de tecnologias emergentes [como o bitcoin] porque isso é real e há algo lá,” assegurou Corbat.

Leia mais: Órgãos financeiros da Nova Zelândia e Suécia comentam sobre ICO

Governos irão apresentar moedas digitais

Ele também expressou que não acredita que “os governos facilitarão a entrada de outros meios [como o bitcoin ou empresas relacionadas com o bitcoin] e potencialmente prejudicarem suas habilidades de controle sobre dados, sobre cobrança de impostos, sobre lavagem de dinheiro, e sobre seus clientes,” disse Corbat.

“É provável que veremos governos desenvolverem moedas digitais, porém não serão criptomoedas, acho que criptomoeda é um nome ruim para isso,” prevê Corbat.

Isto está de acordo com os anúncios feitos pelos governos da Rússia e Uruguai, no qual anunciaram comissões de investigação na criação de tokens financiados pelo estado para programas de teste reais. Também não está fora das possibilidades que outros países mais desenvolvidos estejam considerando suas próprias versões de moedas digitais.

Michael Corbat

Corbat conseguiu expressar sua preocupação com o desrespeito de bitcoins sobre as leis de regulamentação bancárias, tais como de conhecimento ao cliente e de anti lavagem de dinheiro, regulamentações que comparativamente fazem grandes bancos muito menos ágeis e repletos de fricção. O anonimato relativo e a dificuldade no rastreamento imediato de transações do bitcoin foram também áreas de preocupação para o banqueiro.

Finalmente, o diretor executivo do Citigroup foi questionado sobre o investidor mais famoso da empresa, o príncipe Al-Waleed bin Talal, da família real Saudita. Em apenas algumas semanas atrás, o Príncipe declarou o bitcoin como um “fracasso em produção,” em contraste com as declarações de Corbat em sua entrevista. Também discutiu a posição da empresa na subsequente prisão do príncipe Al-Waleed, afirmando que nem todos os fatos foram apresentados ainda e que o Citigroup está aguardando para tomar uma decisão.

O que você acha dos comentários do Citigroup? Comente na seção abaixo!

Fonte: Bitcoin.com

Foto de André Cardoso
Foto de André Cardoso O autor:

André , ariano, engenheiro, empreendedor, trader de criptos profissional, palestrante e professor. Adora números, gráficos e aprender coisas novas.