Grupo Alibaba anuncia sistema para registro de propriedade intelectual blockchain

A Ali IPP é uma plataforma para registro de propriedade intelectual blockchain que deve estar totalmente implementada em setembro. O grupo chinês já vem apostando na tecnologia em diferentes projetos

Apesar de já ter sido o grande mercado dos criptoativos, a China vive um cenário de restrição às negociações de criptomoedas. O que não é a realidade da tecnologia blockchain, que experimenta um contexto de amplo desenvolvimento no país. E mais uma boa demonstração veio com uma noticia sobre o Grupo Alibaba, empresa pública local que centraliza uma série de serviços integrados à plataformas tecnológicas. A rede de notícias chinesa, Sohu, confirmou que a adoção de um sistema para registro de propriedade intelectual blockchain faz parte das revisões de segurança do sistema de proteção da propriedade intelectual para empresas e marcas globais, já previamente divulgado pela gigante chinesa.

A expectativa é que que a Ali IPP esteja completamente implementada em setembro, atendendo milhões de pequenas e médias empresas e marcas. De acordo com a informação da rede Sohu, a Ali Intellectual Property Protection Platform vai permitir que depósitos eletrônicos de marcas internacionais sejam diretamente vinculados a uma das três Internet Courts chinesas, fornecendo uma base descentralizada e distribuída de proteção a direitos em litígio. As cortes presentes em Hangzhou, Pequim e Guangzhou são órgãos especializados em casos que envolvem a rede mundial de computadores e permitem que reclamações sejam registradas on-line. 

Em março, o braço financeiro do Grupo Alibaba lançou duas subsidiárias de blockchain. A Ant Blockchain Technology é focada no desenvolvimento de software e a Ant Double Chain Technology tem como objetivo inovar o sistema de gerenciamento da cadeia de suprimentos e os serviços de informações financeiras. Além disso, o grupo esteve à frente de um projeto de rastreio de arroz produzido no distrito de Wuchang, na China, com o uso de blockchain para ajudar o reconhecimento de produtos falsificados.

Um pouco mais sobre a China e os criptoativos

Até 2017, a China era o mercado líder de negócios com criptomoedas. Foi quando o diretor do Banco Popular da China, o banco central do país, também congressista, propôs uma política regulatória. A alegação era de que a regulação seria o caminho para evitar fraudes. Desde então, uma série de medidas e políticas regulatórias vem sendo implementadas, o que acabou repercutindo num importante encolhimento do mercado de ativos criptografados no país.  Os principais impactos foram causados por medidas que tornaram ilegal o ICO de tokens, as restrições que resultaram no fechamento de exchanges de criptomoedas e o cerco à mineração, atividade em que a China tem liderança global.

COM INFORMAÇÕES DE: BTC MANAGER

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.