Grupo Bitcoin Banco tem mais de R$ 500 mil bloqueados

As contas e bens do Grupo Bitcoin Banco são bloqueados em alguns casos de processos movidos por usuários das plataformas de negociação crypto NegocieCoins e TemBTC.

No conjunto de polêmicas judiciais geradas pelo suposta fraude sofrida pelo Bitcoin Banco, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, conforme decisão publicada no Diário Oficial de São Paulo de hoje, o bloqueio de um montante total de R$ 502.949,46 em contas mantidas pelo grupo empresarial que mantém as plataformas de negociação crypto NegocieCoins e TemBTC.

Conforme informações divulgadas pelo Cointelegraph, a decisão é de primeira instância, permitindo recurso. A alegação do juiz que determinou a interdição dos valores se baseia nas alegações de “risco de dilapidação de patrimônio” e “suspeita de fraude”. Trata-se de mais um caso de ação movida por usuário que não consegue efetivar operação de saque do saldo mantidos nas plataformas mantidas pelo Grupo Bitcoin Banco.

Há registros de processos instalados contra o Bitcoin Banco em 11 estados brasileiros. No caso do Espírito Santo, a justiça bloqueou carros de luxo que estariam em nome de Cláudio Oliveira, dono do Grupo Bitcoin Banco. Os bens estariam registrados outras empresas em nome de Cláudio e seus familiares, como aponta decisão do juiz Carlos Magno, citada pelo Cointelegraph.

Em se considerando o histórico de decisões judiciais levantados pelo canal de informações crypto, o GBB já teve bloqueada uma quantia superior a R$ 10 milhões.

Plataforma para acordos extrajudiciais

Os problemas e atrasos que vem fazendo os clientes recorrerem à justiça são, como alega o grupo empresarial, decorrente dos procedimentos adotados depois da operação maliciosa que determinou um prejuízo de R$ 50 milhões. Recentemente, o Bitcoin Banco lançou um site específico, com informações sobre uma política de acordos extrajudiciais proposta aos clientes.

O site disponível nesse link esclarece que os acordos são opcionais, traz os passos a serem seguidos por usuários interessados em fechar acordos e reforça que toda a intermediação ficará a cargo de uma equipe jurídica específica. Ainda conforme a página, o atendimento e esclarecimentos sobre o acordo estão disponíveis desde o dia 24 de junho e são mais uma alternativa à solução dos problemas de pagamentos e saques enfrentados pelos usuários das plataformas NegocieCoins e Tem BTC.

No começo de junho, como informou o WeBitcoin foi anunciada, inclusive, uma criptomoeda lastreada na grama do ouro, como forma de facilitar a movimentação de saldo.

Outra medida anunciada pelo CEO do GBB, Cláudio Oliveira, na época, foi a aquisição de uma empresa de arranjo de pagamentos e a migração dos usuários para uma nova plataforma, a NegocieCoins Express, com viabilização de novos cartões portadores de limites de saque e crédito.

COM INFORMAÇÕES DE: COINTELEGRAPH

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.