Grupo terrorista pede doações em Bitcoin para continuar combate contra Israel

Com o financiamento, o grupo poderá aumentar seu capital e contornar a economia global

Recentemente o Hamas, maior organização islâmica dos territórios palestinos, pediu doações de Bitcoin como uma forma de superar problemas de recebimento de financiamento no enclave sitiado.

“Estamos convocando nossos apoiadores para nos oferecerem suporte/apoio financeiro através do Bitcoin”, disse Abu Obeida, porta-voz da ala militar do grupo.

O Hamas declarou que em breve anunciaria o “mecanismo apropriado” para o fornecimento de doações, mas não revelou quando deseja receber o financiamento.

O grupo vêm lutando por financiamento ao passo que o Egito e Israel possuem o controle dos principais acessos ao território palestino. Declararam receber certa verba do Irã, o que ainda não foi confirmado.

A entrega de recursos é dificultada ainda mais pelos Estados Unidos e União Europeia, que classificam o Hamas como uma organização terrorista. O grupo também é malvisto por Israel, que o acusa de construir túneis e arsenal de armas com ajuda internacional.

Com o financiamento em Bitcoin, assim como os grupos militantes da Síria, o Hamas seria capaz de contornar o sistema financeiro global e ainda aumentar seu capital.

Embora corram boatos de que facções de Gaza tenham feito uso de criptomoedas, o pedido marca a primeira vez em que os governantes da região reivindicam tal financiamento de forma pública.

Para aqueles que não se aprofundaram em sua tecnologia, a notícia traz ainda mais insegurança em torno da criptomoeda, que já foi alvo de diversas críticas por seu vínculo com a compra de itens ilegais no mercado negro.

Quanto ao Hamas, desde 2008 o grupo travou três guerras com Israel. Entre pedidos de fim de ocupação na Cisjordânia e no cerco a Gaza, os governantes solicitaram a destruição de Israel, declaração comum realizada por partidários iranianos.

Atualmente o valor do Bitcoin gira em torno de US$3400, com várias quedas registradas nos últimos meses.

FONTE: THE NATIONAL

Foto de Beatriz Orlandeli
Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.