Não somente o mercado cripto, mas o mês de setembro para a Bolsa S&P 500 também não é favorável historicamente desde 1928

Se os dados históricos forem suficientes, o preço do Bitcoin (BTC) pode cair ainda mais em setembro, o mês de pior desempenho registrado para o ativo cripto desde 2013.

Os dados disponíveis mostram que o principal ativo digital só viu seu valor subir em setembro entre 2013 e 2021, que foram em 2015 e 2016. Fora esses dois, o BTC registrou uma queda média de 6% no mês.

Enquanto isso, o efeito de setembro não é exclusivo do BTC. A S&P 500 também teve quedas na maior parte de setembro desde 1928.

Entre 1928 e agora, a S&P 500 teve uma queda média de 1,1% em setembro. Especialistas argumentam que o declínio geral do mercado em setembro se deve ao comportamento dos investidores.

De acordo com Elena Dure, a maioria dos investidores geralmente sai de suas posições de mercado em setembro para travar seus ganhos ou até mesmo perdas fiscais no final do ano.

Há também uma taxa mais alta de liquidação de ativos à medida que as escolas retomam em setembro e surge a necessidade de dinheiro para pagar os custos escolares.

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Dado que o preço do BTC refletiu principalmente o desempenho do S&P desde a pandemia, não será totalmente surpreendente se houver um declínio adicional no preço do BTC este mês.

Será que este setembro vai contra a tendência?

Embora muitos investidores desejem que o preço do Bitcoin retorne aos máximos anteriores, a possibilidade de um setembro vermelho já está se manifestando depois que o ativo perdeu todos os seus ganhos nos últimos meses nos últimos dias de agosto.

Após semanas de negociação em torno da faixa de US$ 20.000 e muitos analistas sugerindo que o preço pode ter chegado ao fundo, o valor do BTC caiu abaixo de US$ 20.000. Nas últimas 24 horas, o valor da criptomoeda caiu 1,4% e 2,2% nas métricas de sete dias.

Somente neste ano, o preço do Bitcoin caiu cerca de 59%.

As chances de setembro de 2022 ser um mês atípico como 2015 e 2016 também são mínimas, uma vez que as condições responsáveis ​​pelo declínio do valor dos ativos persistem.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que a economia dos Estados Unidos enfrentará mais “dor” à medida que as autoridades lutam para controlar a inflação crescente.

A declaração levou vários especialistas a preverem que o FOMC poderia aumentar a taxa de juros em setembro.

Além disso, o Departamento do Trabalho dos EUA revelou que o desemprego subiu para 3,7% – o maior desde fevereiro – outro indício das dificuldades da economia norte-americana.