IA projeta cenários distintos para Bitcoin, XRP e Dogecoin até 2026

Previsões apontam avanço consistente para o BTC, maior potencial percentual para o XRP e movimento limitado no curto prazo para o DOGE

As projeções de modelos de inteligência artificial indicam que os três principais criptoativos em destaque — Bitcoin (BTC), XRP e Dogecoin (DOGE) — devem seguir trajetórias diferentes nos próximos meses e anos, refletindo tanto fatores técnicos quanto institucionais.

No caso do Bitcoin, a expectativa é de continuidade do movimento de valorização. O ativo permanece como a principal reserva de valor do setor, reforçado pela entrada de capital institucional via ETFs spot e pela inclusão crescente em tesourarias corporativas. Outro fator relevante é o impacto do halving de 2024, que reduziu a emissão de novos bitcoins e deve intensificar a pressão de oferta nos próximos ciclos de alta. Com base nesses fundamentos, a projeção coloca o BTC entre US$ 180 mil e US$ 250 mil até 2026. Considerando o preço atual em torno de US$ 112 mil, isso representaria uma valorização de 60% a 120% — ou seja, uma multiplicação de duas a três vezes no médio prazo.

Já o XRP pode oferecer retornos percentuais ainda mais expressivos. Após anos de consolidação abaixo de US$ 1, o token recuperou força em 2025, beneficiado pelo desfecho favorável da disputa judicial entre a Ripple e a SEC, que abriu espaço para uma adoção mais ampla. Além de já consolidar sua presença em pagamentos e liquidações internacionais, o ativo pode ganhar um novo impulso caso seja aprovado um ETF spot, canalizando fluxos institucionais relevantes. A estimativa é que o XRP alcance entre US$ 6 e US$ 10 até 2026, o que representaria um ganho de 110% a 250% em relação ao preço atual de US$ 2,88 — um potencial de valorização de três a cinco vezes.

No curto prazo, contudo, o XRP ainda enfrenta desafios técnicos, como a perda de interesse de varejo e queda no open interest de contratos futuros, que sinalizam menor confiança dos traders em uma recuperação imediata. Ainda assim, a perspectiva estrutural segue positiva com os avanços de mercado e infraestrutura.

O Dogecoin, por sua vez, apresenta um cenário mais contido. Conhecido como a principal “meme coin” do mercado, o ativo vem sendo pressionado pela correção mais ampla das criptomoedas em setembro. Para o início de outubro, a projeção é de estabilidade, com a faixa de negociação entre US$ 0,245 e US$ 0,265 e cenário-base em US$ 0,255. O recém-lançado Rex-Osprey Doge ETF pode servir como catalisador, oferecendo acesso institucional ao token, mas sinais de “fadiga dos memes” e a perda de entusiasmo especulativo limitam o potencial de alta no curto prazo. Tecnicamente, o suporte se mantém em US$ 0,24, com resistência próxima de US$ 0,26, enquanto indicadores apontam para uma tendência lateralizada.

Em síntese, o Bitcoin deve permanecer como a escolha mais sólida para investidores que buscam estabilidade e valorização consistente. O XRP, embora mais arriscado, pode entregar retornos significativamente maiores caso os fluxos institucionais se confirmem. Já o Dogecoin enfrenta uma fase de consolidação, em que ganhos dependem menos de fundamentos e mais do humor de mercado e do apetite especulativo.

O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.