Stronghold, uma instituição financeira localizada em São Francisco, que tem desenvolvido um ecossistema de troca, lançou um token lastreado por ativos na rede Stellar.

Compradores desta nova moeda depositarão dólares americanos no banco parceiro da Stronghold, Prime Trust, permitindo que a empresa emita tokens em uma proporção 1:1, segundo a Reuters.

A Stronghold também anunciou uma parceria com a IBM Blockchain, a fim de identificar casos de uso da Stronghold USD em redes de negócios baseadas em blockchain. O objetivo desta parceria é testar formas para que instituições financeiras e outras entidades possam executar transações de forma mais eficiente, segura e rápida.

A Stronghold planeja utilizar o protocolo Stellar para transacionar a Stronghold USD, além de fornecer acesso a liquidez por meio de seus serviços de troca.

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Mecanismo de liquidez

Utilizar um token lastreado em ativos com reservas detidas em um fundo listado pelo estado fornece um mecanismo de liquidez para compensações globais, ressaltou a Stronghold em uma declaração, além de permitir que bancos forneçam crédito a ecossistemas de troca e redes transacionais.

Tokens como esse oferecem os benefícios das criptomoedas, enquanto reduzem a volatilidade do valor e seguem uma firme política monetária. Os tokens também concedem apoio a indústrias com requerimentos regulatórios substanciais. Sean Bennett, co-fundador e CTO da Stronghold, disse em uma declaração:

“O processo de gerir e trocar qualquer tipo de ativo sem atrito, de moedas digitais para tradicionais, precisa evoluir à medida em que as instituições financeiras buscam formas de se envolverem com novas classes de ativos, como criptomoedas. Tokens lastreados por ativos fornecem acesso a todas as moedas, melhorando a movimentação global do dinheiro.”

Jesse Lund, vice-presidente global da IBM Blockchain, acrescentou:

“A digitalização de ativos do mundo real, utilizando blockchain, pode transformar dramaticamente muitas formas de transações financeiras conduzidas ao redor do mundo. Novos tipos de instrumentos lastreados por moedas fiat, como a Stronghold USD, têm o potencial de melhorar a espinha dorsal dos serviços bancários e pagamentos internacionais, dando aos bancos uma forma mais fácil de se integrarem com redes de blockchain públicas, sem mudanças significativas em seu núcleo ou em sua infraestrutura.”

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Suporte para investidores institucionais

A participação da Stronghold permitirá que investidores troquem a moeda estadunidense por lumens da Stellar, ou qualquer outro ativo nesta rede, ressaltou Tammy Camp, co-fundadora da Stronghold, em um post feito no Medium.

A parceria, segundo Camp, traz implicações maiores para a indústria do blockchain, tendo em vista que a falta de acesso historicamente impediu a adoção do protocolo Stellar.

Traders já trocaram dólares americanos por ETH e bitcoin em outras parcerias com exchanges como a Coinbase, Camp ressaltou. Estas parcerias, contudo, geraram tempos maiores de espera e aumento nos custos transacionais.

Pessoas buscando investir em lumens da Stellar (XLM) devem primeiro comprar BTC ou ETH para converterem em XLM, requerendo diversas carteiras, tempo de espera e transações, a fim de ter acesso à rede. Agora que a plataforma possui suporte para o dólar, um trader pode trocar a moeda fiat diretamente por XLMs, sem precisar utilizar BTC ou ETH.

O protocolo Stellar é especialmente útil em transações entre países, fornecendo a melhor escolha para uma pessoa ou grupo buscando transferir fundos de forma rápida e eficiente.

Mais pessoas, além de investidores e traders, possuem acesso direto à XLM, permitindo que tirem vantagem da rede Stellar, ressaltou Camp.

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Instituições são bem-vindas

Stronghold abriu o teste privado para instituições buscando investir ou compensar pagamentos em criptomoedas. Investidores institucionais foram convidados para se inscreverem no programa beta.

Os tokens ainda não estão disponíveis para os clientes do varejo, mas isso pode mudar dentro de alguns meses. Clientes do varejo podem criar uma conta Stronghold e fornecer informações para controle KYC, caso queiram ser atualizados dos serviços conforme forem disponibilizados.

Fonte: CCN