IBM utiliza tecnologia Blockchain e IoT para combater a seca na Califórnia

A tecnologia irá monitorar o uso de águas subterrâneas

Por meio de um projeto colaborativo, a SweetSense, fornecedora de tecnologia de sensores e pesquisa da IBM, se aliou à organização sem fins lucrativos The Freshwater Trust (TFT) e à Universidade de Colorado em Boulder para combater a seca que atingiu o Estado da Califórnia utilizando IoT (internet das coisas) e blockchain.

De acordo com um comunicado publicado na sexta-feira, 8 de fevereiro, a iniciativa irá utilizar as tecnologias para gerenciar de modo sustentável o uso de águas subterrâneas no que eles descrevem como “um dos maiores aquíferos e em maior risco na América do Norte”, localizado no delta do Rio Sacramento San Joaquin, no norte do estado.

Um aquífero é um reservatório de água subterrâneo que pode ser extraído e distribuído pelo ecossistema de uma região. O aquífero citado cobre 1.100 milhas quadradas, tornando o lugar o “nexo do sistema estadual de água da Califórnia”.

Se utilizando desse recurso, o projeto irá usar sensores IoT para transmitir dados de extração de água para satélites em órbita, que são utilizados para detectar correlações de chuva e clima. As informações coletadas serão gravadas em um blockchain compatível com um smart contract hospedado na nuvem.

Os consumidores poderão utilizar um painel da web para interagir com o blockchain e monitorar o uso da água em tempo real. O sistema também poderá ser utilizado para emitir “quotas de água subterrânea”, que podem ser compradas e comercializadas na região, de forma que aqueles que não necessitam de todo o suprimento que recebem podem trocá-lo por créditos.

Segundo o comunicado, a TFT ajudou a estabelecer a Agência de Sustentabilidade da Água Subterrânea do Delta do Norte, que integra diversas agências menores para trabalhar em conjunto no uso sustentável de água subterrânea. A agência faz parte de uma série de entidades do estado que se viram obrigadas a enfrentar este desafio ambiental após a assinatura da Lei de Gestão de Águas Subterrâneas Sustentáveis (SGMA) em 2014.

A Sweetsense já implementou sua tecnologia de sensores para monitorar o fornecimento de água para mais de 1 milhão de pessoas no Quênia e na Etiópia, e possui planos de expandir para 5 milhões até o fim do ano.

Anteriormente, a fundação World Economic Fórum (WEF) delineou mais de 65 casos onde o blockchain foi utilizado para solucionar problemas ambientais ao redor do mundo. De acordo com a fundação, a tecnologia irá transformar completamente o gerenciamento de cadeias de suprimento, entre outras áreas.

FONTE: COINTELEGRAPH

Foto de Beatriz Orlandeli
Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.