ICO: A maior aposta entre as criptomoedas

O início documentado de uma criptomoeda

ICO é a sigla para “Initial Coin Offer”, que em sua tradução literal significa “Oferta Inicial da Moeda”. Uma ICO é o início regulamentado de uma criptomoeda.

O desenvolvimento de uma criptomoeda não é barato, possuindo diversos custos ao longo do projeto, como patenteação, infraestrutura, licenciamentos, folha de ponto, etc. Para isso, é preciso uma quantia de dinheiro que normalmente os idealizadores não possuem.

O Bitcoin teve seu início em 2008 através de uma whitepaper divulgada na internet por um pseudônimo chamado Satoshi Nakamoto, ou seja, uma simples nota sem nenhum registro deu origem a maior criptomoeda da atualizade.

Visto a necessidade de se registrar os novos projetos de criptomoedas, o termo ICO começou discreto em meados de 2000 e em 2017 atingiu a marca de 800 projetos, segundo Jeff Kauflin, um especialista da Forbes.

A regulamentação dos projetos ICO tem a finalidade de atrair investidores por meio da venda da própria criptomoeda que será criada. Portanto, é o financiamento de uma moeda que ainda não existe, tendo como garantia a própria moeda inexistente.

Este é um conceito estranho, principalmente aos investidores tradicionais, até mesmo porque se o projeto não conseguir se desenvolver, todos perdem seus investimentos sem nenhum reembolso. Este mercado é famoso por conter muitas fraudes, de forma que algumas ICOs iniciam seus projetos e os “deixam acabar” após a arrecadação de fundos.

A ICO é a maior aposta que existe dentro do mercado das criptomoedas, sendo necessário uma análise muito atenta do projeto ofertado, pois é preciso saber o que se deve esperar destas moedas, avaliando também seus “head masters”, as pessoas que encabeçam a iniciativa.

Cenários que a ICO pode atingir

Uma ICO possui um valor extremamente baixo pelo seu token, muitas vezes chegando a ser menor do que um centavo de dólar. A escalabilidade é outro fator importante a ser analisado, sendo extremamente importante que haja um limite de tokens a serem distribuídos e que eles sempre tenham o mesmo preço, pois este é um pilar que determinará a inflação sobre em seu lançamento nas exchanges.

Levando em consideração um cenário negativo, onde o projeto é concluído sem nenhum golpe, uma criptomoeda que foi ofertada em ICO por um centavo de dólar pode chegar ao mercado e ser valorizada abaixo da oferta inicial, por exemplo, um milésimo de dólar, o que seria um prejuízo gigante. Com paciência este prejuízo poderia se tornar menor, total ou quem sabe, um lucro.

Neste mesmo cenário, o inverso também pode acontecer e ele começar positivo. Uma moeda poderia estrear ou atingir um valor de mercado maior que a oferta do projeto, caso atinja o valor de 5 centavos de dólar dentro do mercado, um lucro de 400% seria formulado na operação.

O caso mais famoso de uma ICO de sucesso foi o Ethereum que arrecadou cerca de US$16.000.000,00 em 2014, vendendo cada token de Ether (ETH) a US$0,311, o que deixou seu co-criador, Vitalik Buterin, extremamente motivado.

Hoje o Ethereum é a segunda maior criptomoeda, sendo negociado por US$142,45, ou seja, quem fez o investimento em sua ICO a dezenove anos atrás, fez o melhor negócio de suas vidas.

Por outro lado, temos alarmantes 264 projetos e criptomoedas lançados em 2017 que entraram para a lista de moedas mortas em 2018, sendo 144 ICOs, o que corresponde a 55% do total de falhas. São números que costumam manter os investidores longe deste mercado.