Índia finaliza proposta de regulamentação das critptomoedas
O mercado local aguarda o que diz a proposta de regulamentação das criptomoedas indiana, depois de uma percepção supostamente contrária aos ativos, por parte do governo.
Fruto de um período de mais de um ano de análise e deliberação, o projeto de regulamentação das criptomoedas da Índia esta dado como finalizado e deve ser submetido, em breve, ao Ministério das Finanças local. A informação foi trazida pelo secretário de finanças, Subhash Chandra Garg, em recente evento organizado pelas Câmaras Associadas de Comércio e Indústria da Índia. Ele também presidiu um comitê interministerial instituído para conduzir os estudos em torno do mercado crypto e criar a proposta de regulamentação.
Na última semana, Arun Jaitley, ministro das finanças indiano desde 2014, e considerado um dos homens fortes do primeiro-ministro reeleito, Narendra Modi, pediu para ser afastado do novo governo recém-empossado, por problemas de saúde. A nova ministra é Nirmala Sitharaman, a primeira mulher a ocupar o Ministério da Defesa do país e que foi deslocada para o ministério que define os rumos econômicos locais. O secretário Subhash Chandra Garg também afirmou, sinalizando a finalização do relatório prévio, que a regulamentação será tornada pública, assim que definitivamente aprovada.
Regulamentação aguardada pelos players
O final do processo de construção da proposta de marco legal para as criptomoedas é esperado com certa ansiedade pela comunidade ligada ao segmento. Personalidades como Nischal Shetty, CEO da Wazirx, exchange indiana de ativos criptografados, se envolveram diretamente na campanha “India Wants Crypto”, que ganhou repercussão nas redes sociais. Ele afirma que o movimento tem mais de 200 dias e tem o objetivo de chegar a uma regulamentação positiva, que coloque o país na vanguarda do segmento, ajudando a gerar empregos e riqueza.
Algumas das prevenções surgiram com um discurso do então Ministro das Finanças, Arun Jaitley, em fevereiro de 2018, destacando que o governo não reconhecia as moedas virtuais como legais, o que, inclusive, foi um dos pontos que gerou a suspeita de uma possível proibição total. Uma alegação que, alguns consideraram como um freio e foi interpretada por outros como a simples constatação de que não havia um curso legal para as moedas virtuais no país. Resta acompanhar os novos passos e saber o que está o marco regulatório comporta.
FONTE: BITCOIN.COM
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.