Indicado para presidir o Banco Central quer preparar a entidade para blockchain e ativos digitais

Possível próximo presidente do Banco Central é familiar a blockchain e criptomoedas

De acordo com uma notícia publicada pelo Terra, o economista Roberto Campos Neto foi o nome apontado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a presidência do Banco Central. Em uma carta enviada ao Senado, Campos Neto fala sobre seu desejo de preparar a autarquia para o avanço tecnológico.

A carta faz parte do processo de nomeação à presidência do Banco Central, onde a figura apontada pelo chefe do executivo deve apresentar ao Senado sua trajetória profissional. Espera-se que esse processo seja finalizado até março.

O economista mencionou no documento sua experiência como responsável pela tesouraria do Santander para as Américas, além de elucidar sobre a iniciação de um projeto global na instituição que consiste na inovação tecnológica.

Campos Neto informa no documento:

“Tenho estudado e me dedicado intensamente ao desenho de como será o sistema financeiro do futuro. Participei de estudos sobre blockchain e ativos digitais. Uma das contribuições que espero trazer para o Banco Central é preparar a instituição para o mercado futuro, em que as tecnologias avançam de forma exponencial, gerando transformações mais acelerada.”

Caso Campos Neto realmente resolva seguir esta linha, é possível que o Brasil se engaje mais nas conversas sobre regulamentação de cripto ativos, juntamente ao G20 – além de outros desenvolvimentos internos na área.

Webitcoin: Indicado para presidir o Banco Central quer preparar a entidade para blockchain e ativos digitais
Roberto Campos Neto

Outras instituições brasileiras flertam com blockchain

No fórum realizado pelo BNDES em dezembro, o Diretor de Estratégias e Transformação da instituição, Ricardo Ramos, aproveitou para deixar clara a posição do órgão em relação à tecnologia blockchain. Em seu discurso que não se preocupou em rotular essa nascente tecnologia, Ramos falou sobre o estudo e regulamentação sem constringir:

“Muito ajuda quem não atrapalha. A diretoria do banco fez o papel dela na questão de inovação, pois o mais difícil em deixar florescer a inovação é não matar a ideia na partida. Talvez não seja a ideia inicial que floresça, mas ela dará frutos e abrirá caminhos. Se você mata a ideia em seu ponto de partida, você não recebe a inovação em sua outra ponta.”

Além disso, Ricardo ressaltou ainda a importância de incluir o BNDES e demais órgãos públicos em uma mesma rede, responsável por fortalecer o diálogo entre essas instituições em relação a uma “tecnologia portadora de futuro”.

Pode ser que 2019 seja um ano muito positivo para a cripto esfera tupiniquim.