Indústria de petróleo no Brasil vê impacto da COVID-19 até o final de 2021

Indústria do petróleo no Brasil foi uma das mais afetadas pela pandemia da COVID-19

A indústria do petróleo no Brasil espera uma recuperação da demanda doméstica nos próximos meses, impulsionada pelo aumento das importações da China, mas os efeitos negativos da COVID-19 devem durar até o final de 2021, disse o grupo de lobby IBP em nota na terça-feira.

O consumo pode cair mais de 10% e os preços do petróleo devem variar entre US$ 20 e US$ 40 por barril, sem cortes coordenados na produção ou isolamento social, estimou o instituto.

Com uma vacina para o novo coronavírus e cortes na produção, a queda no consumo pode ser limitada a apenas 5%, com os preços do petróleo atingindo a faixa de US$ 60 a US$ 70, afirmou o documento. O Brasil possui o segundo maior número de casos de COVID-19 no mundo, com mais de 1,36 milhão de casos.

A demanda da China pelo petróleo do Brasil aumentou as exportações da Petrobrás, controladas pelo estado para o país asiático, atingindo um recorde em abril, apesar da queda global da demanda por petróleo em meio à pandemia.

“A demanda da China por petróleo terá um papel importante nessa fase de recuperação no Brasil”, afirmou o Grupo IBP.

A maioria dos projetos de águas profundas em andamento no país seria lucrativa com petróleo a US $30 por barril, segundo a Petrobras.

Brasil passa de 58 mil mortes por Covid-19

O Brasil registrou 727 novas mortes por COVID-19 nesta segunda-feira (29) e 25.234 novos casos da doença. Com isso, o país atinge a marca de 58.385 mortes causadas pelo novo coronavírus e 1.370.488 registros da infecção.

Os dados provêm de uma colaboração sem precedentes entre as mídias Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e disseminar os números do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente das Secretarias Estaduais de Saúde e o saldo é sempre fechado às 20h.

No Brasil, o número médio de mortes por habitante é inferior ao registrado em outros países afetados pela pandemia (27,4). O Reino Unido, por exemplo, o terceiro com mais mortes, registra 65 para cada 100 mil habitantes. Os EUA têm em média 38 mortes por 100.000 habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia chegou nove dias depois do Brasil e seguiu uma quarentena muito mais rigorosa, a taxa é de 2,7 mortes por 100 mil habitantes.

Segundo o Ministério da Saúde, existem 24.052 novos casos de infecção e 692 novas mortes causadas por COVID-19 no Brasil, confirmadas nesta segunda-feira (29).

Segundo o ministério, o total chega a 58.314 mortes e 1.368.195 casos de contaminação pelo novo coronavírus.

Fonte: Reuters e Folha

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