Inteligência sul coreana cria força-tarefa para vigiar casas de câmbio de criptomoeda locais

Autoridades financeiras sul coreanas, em parceria com a Unidade de Inteligência Financeira da Coreia (KFIU), criaram uma força-tarefa para vigiar casas de câmbio de criptomoeda locais e assegurar que os negócios envolvendo criptomoedas estão seguindo as regulamentações existentes, conforme anunciado por estas autoridades em 25 de janeiro. A força-tarefa contará com a ajuda destas casas de câmbio para garantir que lavagem de dinheiro e operações fraudulentas utilizando criptomoedas não ocorram no mercado local, segundo a KFIU.

Além disso, será requerido dos seis maiores bancos da Coreia do Sul que decidiram apoiar as trocas de criptomoeda que os mesmos reportem à KFIU caso alguma atividade suspeita apareça. Bancos locais, como o Shinhan Bank, Nonghyup, IKB e Woori Bank, deverão informar regularmente à KFIU sobre trocas suspeitas, além de fazer tudo dentro do seu alcance para prevenir crimes financeiros.

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Após vetar oficialmente a proposta do ministro da justiça sul coreano para banir a circulação de criptomoedas no país, o governo sul coreano despendeu recursos consideráveis para regular o mercado local de criptomoedas e prover uma estrutura mais sólida e robusta para os investidores engajados neste mercado.

Durante muitas semanas, a maiores dos investidores sul coreanos, tanto do setor financeiro tradicional quanto do mercado de criptomoedas, ficaram chocados com as insider tradings iniciadas por oficiais do governo trabalhando para a Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul (FSC).

Na última semana, Choi Heung Sik, diretor da FSC, admitiu que funcionários da agência venderam bitcoins imediatamente antes do falso anúncio de banimento da circulação de criptomoedas, comprando-as de volta logo em seguida.

À época, Hong Nam-ki, presidente da Comissão de Comércio sul coreana afirmou:

“O governo está investigando diversos oficiais que supostamente teriam iniciado as insider tradings. Tendo em vista não ser apropriado um oficial do governo trocar criptomoedas, à curto prazo nossa solução será encorajar que os funcionários do governo não participem destas trocas.”

Tendo em vista o fiasco acima narrado, o índice de aprovação do presidente Moon Jae-in abaixou para menos de 60%, sendo o governo duramente criticado por ter sido negligente.

A partir desta semana, para compensar a ineficiência em lidar com o comunicado falso de banimento de criptomoedas, o governo sul coreano e as autoridades financeiras começaram a regular o mercado e os negócios envolvendo criptomoedas mais de perto. Antes da proposta de banimento, o governo sul coreano estava hesitante em regular negócios que envolvessem criptomoedas, temendo que a população entendesse como um aval tácito para o mercado de criptomoedas.

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A regulamentação é benéfica para os investidores locais

Até a última semana, investidores sul coreanos temiam que os bancos cortassem o fluxo de dinheiro, desabilitando as contas bancárias, após a declaração controversa do ministro da justiça sul coreano sobre o mercado de criptomoedas.

O temor dos investidores se intensificou quando o Kookmin Bank anunciou o fechamento de contas bancárias virtuais criadas para trocas de criptomoedas.

Contudo, desde então, seis grandes bancos sul coreanos proporcionaram suporte para as casas de câmbio locais, a KFIU passou a regular o mercado e o governo começou a considerar os negócios que envolvem criptomoedas como legítimos provedores de serviços financeiros.

Fonte: The Cointelegraph

Edição: Webitcoin